O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Rubens Goulart, reuniu a imprensa hoje pela manhã no salão nobre do comando, quando fez um balanço geral das atividades desenvolvidas pela polícia no combate à violência no Estado. O coronel Goulart reconheceu o aumento da criminalidade, “mas nós fazemos o que podemos. Acredito que apesar das dificuldades que são claras, neste ano de 2007, conseguimos corresponder com a expectativa dos alagoanos, mas com a esperança voltada para que em 2008 possamos melhor proteger a sociedade. No dia 3 de janeiro se inspira o prazo de permanência dos mil militares provisórios que estão atuando, mas diante da situação de insegurança que é de sabedoria de toda sociedade e do governador do Estado, enviamos oficio ao governo estadual, objetivando aumentar esse prazo de permanência na corporação”, disse o comandante Rubens Goulart.
Ladeado pelo comandante da Companhia de Policiamento da Capital (CPC) Jorge Coutinho e pelo comandante da Companhia de Policiamento do Interior (CPI) coronel Marcos Brito, o comandante-geral disse que a exemplo do que aconteceu no Natal, para os festejos de Ano Novo 1.000 militares estarão prestando a segurança na capital enquanto 4.500 atuarão no interior do Estado.
“O crime organizado não está atuando livremente como em anos passados. Hoje graças ao nosso serviço de inteligência, várias dessas organizações foram identificadas e desarticuladas. Com relação a pergunta formulada pelo representante do Alagoas em Tempo Real, jornalista Cícero Santana, quero informar que: no que diz respeito a carência de veículo, quero deixar bem claro que o governo do Estado já assinou um contrato para a aquisição de peças de veículos para colocar em funcionamento cerca de 18 viaturas da Rádio Patrulha que estão paralisadas. Isso como medida paliativa emergencial, já que para 2008, estamos com projeto para aquisição de armamento bélico, que só não consiste em armas, são coletes, viaturas e armas. Apesar dessa carência, tenho a dizer que a Polícia Militar já dispõe de boas armas para o enfrentamento com a bandidagem. quero deixar bem claro que o comando da PM não acoberta mais policiais, e para se ter uma idéia, este ano expulsamos quatro militares de várias patentes e ainda existe uma série de processos e inquéritos policiais em andamento”, disse o comandante.
Ao ser questionado por um profissional de imprensa sobre as declarações do governador Teotonio Vilela quando disse que a Polícia Militar nada está fazendo para conter a violência que se abateu no Estado. “Nós entendemos que toda critica é construtiva, estamos recebendo cobrança da sociedade, mas tem que entender que estamos trabalhando para atender a demanda. Agora os senhores não perguntaram que além da 44 horas de trabalho, nossos policiais atuam de 16 e até 20 horas a mais além do trabalho que é determinado por lei. Com relação a pergunta sobre a mudança de comanda na Defesa Social e na Polícia militar, tenho a dizer que nada tenho a falar com relação a Defesa Social, agora com relação a este comando quero dizer que tenho que sair um dia, mas enquanto isso ficarei honrando a confiança que me foi depositada pelo governador do Estado, até o dia que entender que deve haver mudanças”, disse o coronel Rubens Goulart.
com alemtemporeal // cicero santana
