13/11/2025 18:24:02
Blog: O Acendedor de Lampiões
Há 2 horas

Aumento de 134% nos afastamentos por problemas de saúde mental destaca a urgência na manutenção de tratamentos contínuos

Dados do Ministério Público do Trabalho revelam crescimento expressivo em licenças relacionadas a transtornos emocionais, impulsionando a demanda por medicamentos de uso prolongado

Aumento de 134% nos afastamentos por problemas de saúde mental destaca a urgência na manutenção de tratamentos contínuos

Nos últimos dois anos, o número de afastamentos laborais motivados por questões de saúde mental cresceu de forma alarmante, atingindo uma elevação de 134%, passando de 201 mil casos em 2022 para 472 mil em 2024. Essa tendência tem sido associada ao aumento de transtornos como ansiedade, depressão e síndrome de burnout, refletindo uma crise emocional que afetou a população brasileira.

Esses números explicam, em parte, a crescente procura por medicamentos da categoria do Sistema Nervoso Central (SNC). Uma pesquisa realizada pela Epharma demonstra que esses fármacos, que já dominavam grande fatia do mercado, tiveram um aumento no consumo após a pandemia, em resposta ao agravamento dos transtornos mentais.

De acordo com o estudo 'Evolução do Market Share de Classes Terapêuticas', a participação dos medicamentos de uso no sistema nervoso no mercado total subiu de 21,91% para 26,76%, um avanço de 4,85 pontos percentuais no período pós-pandemia. Os consumidores continuam a adquirir medicamentos como Sertralina e Escitalopram, indicando a necessidade de tratamentos prolongados devido ao impacto emocional duradouro causado pela crise sanitária.

Luiz Monteiro, presidente da Associação Brasileira de Operadoras de Planos de Medicamentos (PBMA), afirma que o cenário exige estratégias que assegurem o acesso contínuo ao tratamento de condições como ansiedade e depressão. Segundo ele, “é imprescindível garantir que esses tratamentos, como os envolvendo Sertralina e Escitalopram, não sejam interrompidos sem acompanhamento médico adequado”.

Para promover essa continuidade, o Programa de Benefícios em Medicamentos (PBM) surge como uma ferramenta crucial, especialmente para colaboradores de empresas, ao assegurar o acesso aos medicamentos prescritos.

Os tratamentos para o SNC costumam ter custos elevados, o que pode afetar significativamente a renda familiar. Monteiro explica que, nesses casos, o trabalhador pode receber até 100% de subsídio para a aquisição dos medicamentos, minimizando riscos de interrupção que poderiam agravar o quadro clínico.

Empresas que adotam benefícios desse tipo ganham em satisfação dos funcionários e redução do absenteísmo, já que a continuidade do tratamento previne agravamentos e melhora a produtividade. Além disso, os programas de assistência farmacêutica ajudam a identificar usos excessivos ou inadequados dos medicamentos, prevenindo problemas de desempenho no trabalho e garantindo a presença do colaborador, mesmo que ainda enfrente dificuldades emocionais.

A PBMA, fundada em 2011, tem como missão ampliar o entendimento sobre programas de subsídio de medicamentos e reforçar a importância da adesão contínua aos tratamentos.

A organização busca integrar os setores de Recursos Humanos, Indústria e Varejo farmacêutico, promovendo uma abordagem mais holística para a gestão da saúde. Composta pelas principais empresas do segmento — Epharma, Funcional Health Tech e Vidalink — a entidade destaca que, no Brasil, os planos de medicamentos podem oferecer até 100% de cobertura, incluindo medicamentos de referência, similares e genéricos, ampliando o acesso aos tratamentos essenciais.

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