O deputado
federal Jair Bolsonaro, pré-candidato à Presidência da República, se
pronunciou, nesta sexta-feira (8), sobre a informações de que o ex-presidente
Lula teria recebido um milhão de dólares do ditador líbio Muammar Kadafi.
A denúncia foi feita pelo ex-ministro Antonio Palocci, em proposta de delação premiada entregue ao Ministério Público Federal. Ele está preso desde 2016 e foi condenado a 12 anos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, na operação Lava Jato.
Bolsonaro
usa o vídeo de um discurso que fez, na Câmara dos Deputados, em 2011, para
afirmar que já havia abordado o assunto. No material compartilhado no
Facebook, o presidenciável se refere ao depoimento do líder indígena Mário
Marcos Terena, na 11ª Reunião Extraordinária da Comissão de Direitos Humanos,
em abril de 2008.
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cheiro'
"Eu
como líder indígena, do movimento indígena, cheguei duas horas antes no
aeroporto, para observar os passos do Lula, porque ele (Kadafi) era um homem
perigoso para a segurança nacional. Eu fui com o Lula falar com um homem
chamado Muammar Kadafi", diz trecho do depoimento de Terena, citando uma
viagem que fez à Àfrica, a fim de buscar dinheiro para PT. O relato foi
lido pelo deputado na tribuna da Câmara.
Na
publicação de hoje, Bolsonaro aproveita para pedir o fim do PT. "Espero,
agora, que o registro do PT venha a ser cassado", escreveu.
De
acordo com a lei eleitoral brasileira, é proibida a entrada de dinheiro com
“procedência estrangeira”, o que pode, segundo o site O Antagonista, levar à
cassação da legenda.