A decisão, ao que parece, está tomada. O governador reassumiu o governo de Alagoas nesta sexta-feira, após viagem aos Estados Unidos. Foi para lá acompanhado do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor e parece ter retornado com a certeza que ficará no comando do Executivo por mais alguns meses, apenas.
Renan Filho fica no cargo de governador, no máximo, até 2 de abril. “Se antes tinha dúvida, agora tenho certeza que ele sairá”, avisa um importante interlocutor palaciano.
Com a possibilidade de disputar vaga de vice-presidente afastada, o governador deve concorrer ao Senado. Mas não fará isso em situação tão confortável como se imaginava.
Renan Filho enfrenta dificuldades inesperadas com as mudanças partidárias no cenário nacional e seus reflexos na política estadual.
Entre os complicadores está o lançamento da candidatura da senadora Simone Tebet à presidência, a formação da federação entre PT e PSB e o avanço da formação de um bloco de apoio a Bolsonaro que terá aliados do governador, além de dificultar o diálogo com o grupo de Arthur Lira.
Em contrapartida, uma saída combinada com Marcelo Victor pode dar a Renan Filho a possibilidade de disputar a eleição com o apoio da máquina, em dobradinha com o governador tampão, que irá para a reeleição. Mas essa é outra história.
Jornal de Alagoas