O acúmulo de lipídios nas células hepáticas, chamadas de hepatócitos, compromete o bom funcionamento do órgão, cuja função principal é metabolizar, isto é, fazer dos nutrientes ingeridos na alimentação moléculas diferentes e, portanto, passíveis de serem usadas pelo organismo. As causas comuns desse distúrbio são por consumo excessivo de álcool e por cenários ligados a diabete, sobrepeso, sedentarismo e má alimentação, quando é chamada de Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA), que atinge até 30% da população global, sendo o foco do estudo. De acordo com a pesquisadora Pamela, o fígado gorduroso (esteatose) pode evoluir para esteatoepatite, definida pela inflamação, que, por sua vez, tem risco de se tornar cirrose, com a perda da função do órgão, e chegar ao estágio mais avançado, o câncer. A doença, de difícil diagnóstico, tende a ser silenciosa. “Com a falta de tratamento farmacológico, a preocupação é que cada vez mais pacientes precisem de transplante, sendo que se trata de uma doença ligada à obesidade, que cresce na população”, completa.