Pesquisadores da USP e da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, identificaram que uma mutação da proteína sódio-potássio ATPase (Na+/K+-ATPase) tem capacidade de reduzir a neuroinflamação em experimentos animais. A descoberta abre caminhos para uma melhor compreensão sobre doenças neurodegenerativas e neuropsiquiátricas como Parkinson, Alzheimer, Esclerose Lateral, depressão e ansiedade e, no futuro, possivelmente, o desenvolvimento de novos tratamentos.
A proteína sódio-potássio ATPase é responsável pelo equilíbrio iônico de todas as células humanas e animais. Ou seja, ela transporta íons de potássio e de sódio para o interior e exterior das células, respectivamente, para que estas funcionem saudavelmente.
“A proteína sódio-potássio ATPase mantém os gradientes eletroquímicos das células, mantém o equilíbrio das concentrações de íons entre a parte interna e externa da membrana celular”, diz a autora da pesquisa, Jacqueline Alves Leite, ao Jornal da USP.
A pesquisa de doutorado foi realizada sob orientação do professor Cristoforo Scavone, do Laboratório de Neurofarmacologia Molecular do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, e foi desenvolvida em parceria com pesquisadores da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, entre eles, Karin Lykke-Hartmann, a co-orientadora do trabalho.
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Scientific Reports. O trabalho contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).