"A Cultura tem um papel importante, mas não somente ela. Junto a ela, a pasta da Educação e mais algumas estratégicas precisam criar programas conjuntos que incidam sobre as diferenças, de forma leve, lúdica, sem ser professoral ou afrontosa", diz Maria de Fátima.
Marino, do LabCidade, concorda que a diversidade precisa ser elemento central nas políticas públicas para o setor. "É a mistura cultural que pode ser exportada e gerar riqueza", afirma. "É a partir do incentivo à produção cultural de base territorial que a gente consegue enfrentar a guerra cultural que se coloca. Precisamos ter capacidade de as pessoas reconhecerem as expressões."
Ele lembra que o estado não pode ter a menor gerência em questões de censura, classificada por ele como retrocesso. "Não é esta a função de ministério e secretarias, estaduais ou municipais". O caminho, segundo Marino, é "acabar com possíveis mecanismos de censura, desmontar a guerra cultural e incentivar grupos de cultura, principalmente o de cultura popular. "
"Com essa produção sendo feita no dia a dia, a gente vai ter uma transformação a longo prazo, de as pessoas compreenderem a diversidade como algo importante e não como um inimigo a ser combatido."

