A saúde íntima feminina ainda é cercada de tabus. Isso vale especialmente para a vagina, incluindo doenças que atingem o órgão genital. Como resultado, a desinformação toma conta. É o que acontece com a vaginose, infecção bacteriana comum entre as mulheres.
Uma pesquisa conduzida pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (IPEC) e encomendada pela Gino-Canesten, marca de medicamento da farmacêutica alemã Bayer contra a vaginose, investigou o conhecimento das brasileiras sobre esse problema.
Os resultados demonstram que 49% das mulheres no país nunca ouviram falar da doença, embora ela já tenha acometido 13% das entrevistadas. O levantamento foi realizado em maio de 2022 com 2 mil mulheres de 16 a 60 anos.
Não é candidíase
A vaginose é uma?infecção causada por bactérias, sendo a mais comum a?Gardnerella vaginalis, que se desenvolve quando ocorre um desequilíbrio da flora vaginal. “Muitos acabam confundindo a candidíase com a vaginose, pois ambas têm origem no desequilíbrio do pH e da flora vaginal, mas cada uma apresenta sintomas e, principalmente, tratamentos completamente diferentes”, disse a ginecologista e obstetra Ornella Minelli, em evento realizado nesta quarta-feira (10), em São Paulo, para divulgar a pesquisa.
Entre os fatores que contribuem para desbalancear a flora vaginal estão usar roupas molhadas e quentes com frequência, abusar do uso de antibióticos e abafar a região íntima.
A candidíase é uma infecção fúngica, que tem como principais sintomas coceira na região íntima, ausência de odor, corrimento esbranquiçado e espesso. Já a vaginose se apresenta com odor que se assemelha ao cheiro de peixe, corrimento mais acinzentado e pode causar sangramentos após a relação sexual.
revista galieu