Um caso emblemático ocorreu neste sábado (16), aqui em Joaquim Gomes, o corpo de José Sabino da Silva, 59 anos, que já estava sendo velado na residência da família, teve que ser devolvido ao necrotério do Hospital Municipal de Joaquim Gomes e de lá, levado pelo IML para Maceió. O fato surpreendeu não somente os familiares, como amigos que participavam do funeral.
José Sabino da Silva, mais conhecido por “Piririca” foi morto após sofrer vários golpes de facão. O crime ocorreu na Praça da Televisão, centro da cidade, no início da noite de ontem (sexta-feira), quando um vendedor de macaxeira, que trabalhava próximo ao dono do churrasquinho, [e também servidor público municipal] na travessa José Pereira (Beco da Macaxeira), teria utilizado de um facão e atingido a vítima com vários golpes, que tentou escapar dos ataques, mas o agressor lhe desferia novos golpes até que ficou caído ao chão, já próximo a um supermercado.
A vítima chegou a ser socorrida e levada ao hospital ainda com vida, recebeu atendimento, chegou a ser intubada e uma USA foi acionada para a transferência do paciente para o HGE, quando acabou não resistindo e morreu ainda na sala de urgência e emergência.
Corpo Liberado sem aguardar a perícia oficial
O corpo da vítima foi liberado para a família, pelo médico de plantão, isso sem que a polícia tivesse autorizado, já que o procedimento era esperar pelo IML e IC, que fariam a perícia, para só então liberar para os familiares. E já no início da tarde deste sábado, a família foi surpreendida quando a guarda municipal foi até a residência onde acontecia o velório e pediu que parentes fossem até o hospital e lá, tiveram a informação que o corpo precisava ser devolvido ao Hospital pois o IML tinha acabado de chegar para que fosse realizado o trabalho pericial.
O clima foi tenso e a família demonstrou surpresa e viveu um momento de constrangimento, o que só agravou ainda mais a dor que sentem pela perda de seu ente querido. Em contato com o Hospital, o diretor médico da Unidade, Igor Félix Barbosa, nos encaminhou uma nota, a qual esclareceu todo o episódio ocorrido na noite do dia 15 de julho de 2022.
Ele relembra que o paciente deu entrada em estado grave por agressão com múltiplas lesões por arma branca. Tendo em vista a gravidade do caso, o mesmo teve que ser intubado enquanto aguardava o resgate de uma UTI móvel do SAMU. Devido a gravidade do quadro, o paciente evoluiu para óbito. “Enfatizo que no que concerne ao atendimento médico foram feitas todas as medidas cabíveis para estabilização do quadro”. Disse no trecho da nota.
Ainda sobre o fato, o diretor médico reconheceu que houve um equivoco do médico plantonista que acreditou que poderia realizar o preenchimento da declaração de óbito, documento este que nos casos de morte por causa externa só deve ser preenchido após necropsia no IML ou por determinação da autoridade policial.
Em nota, o diretor do hospital, pede desculpas em nome da equipe do hospital que, no ocorrido, comunicou o fato às autoridades policiais, que estavam presentes e entendeu que a mesma faria o seguimento quanto ao inquérito. Porém em posse da declaração de óbito, o corpo foi liberado do necrotério e foi retirado pela funerária.
“A equipe da UNIDADE HOSPITALAR ANA ANITA GOMES FRAGOSO, pede desculpa e se solidariza com a dor e transtorno sofridos pelos familiares”. Concluiu a nota.
Nota do Hospital enviada ao jgnoticias
jg notícias