“São intervenções ambientais, paisagísticas, artísticas, que são tendência no mundo todo, e convidam o morador, falam para ele da importância daquela intervenção, do ganho com qualidade de vida, da maior sensação de conforto”, analisa Palmeira.
Para onde você olha enquanto caminha pelas ruas de Maceió? Prédios, avenidas, calçadas, viadutos e todo o concreto que tornam a paisagem fria têm se transformado em uma tela de pintura e ganhado cores para dar mais vida aos lugares e integrar as pessoas aos espaços que elas frequentam.
Esse novo urbanismo é uma tendência no mundo inteiro e tem o objetivo de provocar na população o sentimento de apropriação e, com isso, fazer com que ela não só admire, mas use e preserve.
Na capital alagoana, algumas intervenções já são marca registrada da “acupuntura urbana” que está colorindo a cidade, mas as pinturas e o paisagismo ganham cada vez mais espaço por Maceió.
É o que acontece atualmente na orla da Lagoa Mundaú, no Vergel do Lago, na “Rua Aberta”. O asfalto do trecho de avenida que foi interditado para o trânsito está recebendo cores para integrar o piso anteriormente cinza ao verde das árvores e do gramado do canteiro central e às demais cores da paleta natural já presente no ambiente.
A pintura se propõe a dar um recado aos moradores do Vergel e adjacências: o espaço pertence a vocês.
“São ações de um custo mais baixo do que grandes obras estruturantes, mas que têm um diferencial muito importante: conseguem trazer a população para a participação coletiva. É um processo em que a gente estimula o morador a cuidar, a participar da criação, da execução, da continuidade, do zelo, da manutenção. É um convite a preservar o espaço, e a população abraça e corresponde muito mais do que se você decidir fazer uma grande obra em um local e disser: ‘Está aqui entregue’”, explana Fábio Palmeira, gerente da Zeladoria Municipal.
Artes pela cidade
Na Rua Aberta da Lagoa, o piso vai receber formas geométricas em azul e verde, que se somam às “caixas de areia” onde foram instalados brinquedos para as crianças. Também foram instaladas placas de grama sintética, que formam mini campos espalhados por todo o percurso com cerca de 800 metros. A arte, pensada pela arquiteta Adriana Codá, será concluída nos próximos dias.
“São intervenções ambientais, paisagísticas, artísticas, que são tendência no mundo todo, e convidam o morador, falam para ele da importância daquela intervenção, do ganho com qualidade de vida, da maior sensação de conforto”, analisa Palmeira.