O superendividamento cresce no Brasil e atinge contas básicas, como água, luz, telefone e internet. A forte inflação de dois dígitos em 2021, questões climáticas, aumento nos combustíveis e consequente repasse aos produtos, correm o poder de compra dos consumidores. Uma pesquisa da Proteste aponta que 23% dos entrevistados estão “muito endividados”, o que representa um crescimento de 5% sobre o mesmo período de 2021. O diretor da entidade, Henrique Lian, reforça que 36% dos brasileiros têm dívidas em atraso.
“Sendo que 83% dos consumidores têm tido que parcelar no cartão de crédito algumas despesas. Quais despesas? Aquelas que não deveriam ser parceladas: alimentos e supermercados e farmácias. Isso leva a uma bola de neve. O consumidor vai levar entre quatro e seis meses para quitar o parcelamento que fez no mês atual e no mês seguinte vai ter novamente que comprar seus remédios e alimentos”, pontua.