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Acidente
15/03/2022 22:00:00

No mês da mulher, campanha de prevenção ao câncer de útero ganha reforço

Março Lilás celebra o mês da mulher com campanha para combater o câncer de colo de útero, que tem tratamento mas pode ser fatal se não diagnosticado precocemente

No mês da mulher, campanha de prevenção ao câncer de útero ganha reforço

Reforçada pelo Dia Internacional da Mulher (8/3), a campanha Março Lilás reforça a conscientização pela prevenção ao câncer de colo do útero. A infecção é transmitida por qualquer ato sexual, não sendo restrito ao contato genital. O papilomavírus humano (nome em português para a sigla HPV, em inglês) é o agente responsável pelos possíveis males do câncer.

Por ser um câncer que acomete principalmente as mulheres, a campanha de prevenção é direcionada ao público feminino. Uma estimativa realizada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontou que, entre 2020 e 2022, estão previstos mais de 16 mil casos para cada 100 mil mulheres no Brasil. Desse total, 260 a cada 100 mil casos são projetados para o Distrito Federal, que tem a oitava maior incidência no país.

Como modo de prevenir esse tipo de câncer na idade adulta, é recomendável o exame de Papanicolau, a partir dos 25 anos de idade. O exame deve ser realizado periodicamente, até mesmo por quem está imunizada. Além de prevenir contra o câncer, o exame permite o diagnóstico precoce da doença, que é curável na maioria dos casos.

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a imunização ao vírus HPV ocorra para pessoas entre nove e 13 anos. A vacinação está no calendário vacinal do Ministério da Saúde desde 2014. Em 2017, houve a ampliação na vacinação de 9 a 14 anos para meninas e de 11 a 14 anos para meninos.

O câncer do colo do útero é a principal causa de morte entre mulheres na América Latina, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), órgão vinculado à OMS. A doença mata, em média, mais de 35 mil mulheres por ano nas Américas, com apenas um a cada cinco casos fora dos países latino-americanos. Tópicos como as desigualdades de renda, gênero e acesso aos serviços de saúde atingem diretamente na estatística.

A organização também prevê que, caso a incidência da doença se mantenha, em 2030 ela matará mais de 50 mil mulheres por ano, com nove em cada dez mortes sendo registradas nos países da América Latina.

Correio Braziliense