50 deputados do Parlamento Europeu assinaram uma carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro onde expressaram suas preocupações com a violência crescente contra a população indígena no Brasil e com a política do governo no âmbito do meio ambiente. Segundo informou o jornal Folha de São Paulo no domingo (12), foram criticados particularmente o projeto de lei que muda as regras de demarcação de terras indígenas e também o projeto sobre regularização fundiária. Declarando seu apoio à Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, os deputados do Parlamento Europeu exortaram o governo federal do país a parar "com sua política anti-indígena e anti-meio ambiente que causa a destruição da floresta amazônica", conforme o documento. Entre os signatários da carta estão representantes dos grupos políticos EPP (democrata cristão), Os Verdes/Aliança Livre Europeia, S&D (Aliança Progressista de Socialistas e Democratas) e The Left (esquerda), bem como parlamentares independentes.
Na noite de ontem (12), a farmacêutica Pfizer completou a entrega de 5,1 milhões de doses do imunizante. A remessa chegou em quatro lotes em um único dia, com desembarque no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), e é a maior da Pfizer/BioNTech desde o início dos envios no mês de abril. O Ministério da Saúde saudou, em nota, as novas doses da vacina, que permitem acelerar a campanha de vacinação e notificou que já foram imunizados "mais de 70 milhões de brasileiros com as duas doses ou a vacina de dose única, ou seja, quase 44% da população adulta". Enquanto isso, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal registrou o aumento na taxa de transmissão da COVID-19, que ultrapassou o valor indicado pela Organização Mundial da Saúde. O valor é 1,01, de acordo com o boletim, sendo maior do que a taxa de 1 com a qual a pandemia tende a acabar. Entretanto, o Brasil confirmou mais 292 mortes e 8.082 casos de COVID-19, totalizando 586.882 óbitos e 20.996.784 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.
Neste domingo (12), por volta das 20h30, foi assassinado o vereador de Duque de Caxias, Joaquim José Quinze Santos Alexandre, o Quinzé. Segundo informações preliminares da Polícia Militar, o vereador foi ao Parque Novo Rio, em São João de Meriti, para visitar uma pessoa, e, desembarcando do carro, levou vários tiros de um indivíduo dentro de um automóvel branco. O criminoso fugiu, ainda não há informações sobre o motivo do assassinato. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense investiga o crime. Quinzé era um ex-policial militar e tinha 66 anos. Foi eleito pelo PL em 2020. Estava em seu terceiro mandato, marcado pela assistência para famílias carentes e iniciação de esporte para crianças e adolescentes. O vereador foi eleito pela primeira vez para a Câmara Municipal de Caxias em 2004, pelo PP. Sua vaga na Câmara será ocupada por Elson da Batata (PL). Desde o ano de 2018, 25 políticos foram assassinados no estado. Em março desde ano, foram mortos a tiros também o vereador de Caxias Danilo Francisco da Silva, o Danilo do Mercado (MDB), e o filho dele, Gabriel da Silva.
Pyongyang testou seu novo míssil de cruzeiro de longo alcance no decorrer deste final de semana, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap na segunda-feira (13), citando a mídia estatal. "O desenvolvimento de um míssil de cruzeiro de longo alcance, arma estratégica de grande importância [...] foi impulsionada graças ao desenvolvimento científico e o processo do desenvolvimento confiável do sistema de armas nos últimos dois anos", informou a Agência de Notícias Central Coreana (KCNA). Os testes do novo míssil foram realizados no sábado (11) e domingo (12), conforme a KCNA. O míssil de cruzeiro de longo alcance voou 1.500 quilômetros antes de atingir o alvo. A KCNA disse que o teste foi bem-sucedido e resultou de dois anos de preparação e de estudos. "Testes detalhados de partes de mísseis, testes de empuxo do motor no solo, vários testes de voo, testes de controle e orientação, testes de potência de ogiva, etc. foram realizados com sucesso", afirmou a agência. Além disso, os testes foram observados por personalidades oficiais sêniores da Coreia do Norte. Enquanto isso, a mídia japonesa NHK disse, citando fontes militares, que com tal alcance, o novo tipo de míssil parece ser capaz de alcançar Tóquio. Entretanto, durante os testes, o míssil não atingiu o espaço aéreo ou águas territoriais do Japão, nem entrou na sua zona económica exclusiva, segundo a NHK.
O presidente argentino, Alberto Fernández, reconheceu a derrota da coalizão governamental Frente de Todos nas eleições primárias que ocorreram no domingo (12) em todo o país e levaram à vitória do principal bloco opositor Juntos pela Mudança. "Evidentemente, há algo que não teremos feito bem para que as pessoas não nos acompanhem como esperávamos", admitiu ele, acompanhado pela vice-presidente, Cristina Fernández de Kirchner, e outros dirigentes da coalizão. Com mais de 93% dos votos contabilizados, a coalizão governista conseguiu apenas 29,6% dos votos a nível nacional, enquanto o Juntos pela Mudança alcançou 40,7% dos votos. A Frente de Todos conseguiu se impor apenas em seis das 24 jurisdições do país. Alberto Fernández admitiu que na sua gestão houve "reclamações e erros cometidos que não podem voltar a repetir-se". Em um breve discurso, o presidente também destacou que tem pela frente ainda dois anos de governo. "Nada mais quero que terminar este mandato sem pobres e com gente com trabalho", ressaltou ele antes de felicitar a oposição pelos resultados. As eleições primárias são uma antevisão do que será decidido nas legislativas de novembro, quando serão renovados um terço dos assentos do Senado e metade dos da Câmara dos Deputados.
O diretor-geral do órgão de vigilância nuclear da ONU, Rafael Grossi, saudou o acordo celebrado com o Irã no domingo (12) sobre o acesso ao equipamento de vigilância (câmeras de vídeo) nas instalações nucleares iranianas, dizendo que a decisão facilitava as conversações diplomáticas em curso. O acordo entre o Irã e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alivia um ponto difícil nas negociações bloqueadas para ressuscitar o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês). Embora salientando que o acordo é "uma medida temporária", o diretor-geral disse aos jornalistas, após sua visita a Teerã, que "a questão mais urgente" tinha sido solucionada pelo acordo, que "daria tempo para a diplomacia". Em um comunicado conjunto desta segunda-feira (13), Grossi e o chefe da Organização de Energia Atômica do Irã (OEAI), Mohammad Eslami, saudaram o "espírito de cooperação e confiança mútua", embora salientando que a vigilância era uma questão a tratar "exclusivamente de forma técnica". O acordo diz respeito aos limites impostos pelo Irã à capacidade da AIEA de controlar várias de suas instalações nucleares. Grossi disse que o acordo significa que a organização será capaz "de obter informações necessárias para manter a continuidade do conhecimento" do programa nuclear do Irã. Recentemente, o presidente Joe Biden indicou que quer retornar ao acordo, abandonado pelo seu predecessor Donald Trump em 2018, mas sua administração expressou impaciência por as negociações estarem paralisadas.