Fazer um Pix caiu no gosto do brasileiro, e a penetração da nova forma de pagamentos instantâneos superou todas as expectativas do Banco Central desde que foi lançado, em novembro de 2020. Apesar do sucesso, o sistema vem encontrando dificuldade para encontrar seu lugar no coração dos mais velhos.
Dados do BC mostram que o público com 60 anos ou mais responde por somente 3,8% das transações via Pix no Brasil, e esse cenário não representa uma melhora em relação ao ano passado. Pelo contrário: quando o sistema foi lançado, esse percentual era de 4,1%.
Em um país em processo de envelhecimento, essa população já representa 17,9% dos brasileiros, segundo estudo recente do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Ou seja, a representatividade dos idosos na tecnologia bancária ainda está muito distante da realidade.
Os números do BC mostram com clareza que, com exceção de que tem até 19 anos (faixa etária que não possui ou tem renda menor), o percentual de uso do Pix vai se reduzindo de acordo com a idade, com o grosso do uso entre os “novinhos”.
A faixa entre 20 e 29 anos responde por 34,6% do total, e aqueles entre 30 e 39 anos por 31,79% dos Pix feitos em julho, último dado disponível. Já quem tem 40 a 49 anos realizou 18% das transações, e a população com 50 anos ou mais, somente 7,9% das transações.