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19/08/2021 15:00:00

Juíza defende participação da sociedade no combate à violência doméstica


Juíza defende participação da sociedade no combate à violência doméstica
A juíza Fátima Pirauá, integrante da Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), reafirmou a importância de a sociedade participar mais ativamente do combate à violência doméstica. A magistrada debateu o assunto nesta quarta (18), durante live com profissionais de saúde do interior do estado.
 
"Precisamos acabar com a percepção equivocada de que a sociedade não deve se envolver em casos de violência doméstica", disse. A magistrada afirmou que o país vive uma cultura permissiva e que a postura da sociedade muitas vezes desencoraja a mulher a efetuar a denúncia. 
 
"A própria mulher, muitas vezes, não se enxerga como vítima, portanto, a repercussão dessa violência na vida familiar e na sociedade deve ser observada com atenção".
 
Para Fátima Pirauá, profissionais que atuam na área da saúde têm papel fundamental, pois atuam em atendimento às vítimas. "É preciso que essa mulher seja acolhida e respeitada. Um profissional capacitado e sensibilizado com essa causa vai saber conversar, podendo empoderá-la e ajudá-la a romper esse ciclo de violência. Servidores da saúde, assistência social, segurança pública e educação precisam fortalecer essa rede de proteção".
 
Tipos de violência e formas de denunciar
 
O juiz Bruno Massoud, da 3ª Vara de Santana do Ipanema, também palestrou no evento instruindo os participantes sobre os tipos de violência contra as mulheres. "Precisamos estar atentos às formas de violência. É fundamental que haja o empoderamento da mulher, dando consciência de que ela tem o poder sobre suas decisões".  
 
O magistrado reforçou que a mulher deve buscar apoio ao sofrer agressão, ligando para o número 180 ou indo à delegacia. Disse ainda que os agentes de saúde devem estar atentos aos casos de violência. "Na condição de profissionais da rede pública, deve-se identificar os casos de agressão e prestar apoio. A sociedade precisa olhar para as mulheres de uma forma diferente. As relações devem ser pautadas no afeto".
 
A live foi uma iniciativa conjunta do Judiciário, por meio da Coordenadoria da Mulher, e da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), em especial do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos das Mulheres (Cedm). Acompanharam as discussões profissionais de Jacuípe, Japaratinga, Maragogi, Matriz de Camaragibe, Passo de Camaragibe, Porto Calvo, Porto de Pedras, São Luís do Quitunde e São Miguel dos Milagres.
(TJAL)
 


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