17/06/2024 10:49:24

Geral
12/08/2021 17:00:00

Semana Leishmaniose chama a atenção para cuidados com cães em Maceió

Transmitida ao homem pela picada das fêmeas do mosquito-palha, Lutzomyia longipalpis, infectadas pelo protozoário Leishman


Semana Leishmaniose chama a atenção para cuidados com cães em Maceió

Foi iniciada ontem a Semana Nacional da Leishmaniose, com o objetivo de informar sobre a doença e estimular as medidas de prevenção. Transmitida ao homem pela picada das fêmeas do mosquito-palha, Lutzomyia longipalpis, infectadas pelo protozoário Leishmania infantum, a zoonose é natural de países quentes e úmidos e tem os cães como principais hospedeiros do parasita.

A doença pode ser classificada como visceral, afetando os órgãos internos, geralmente baço, fígado e medula óssea ou a forma chamada tegumentar, ou cutânea, que acomete pele e mucosas. Nos cães, febre irregular, apatia, emagrecimento, descamação furfurácea e úlceras na pele (em geral no focinho, orelhas e extremidades), conjuntivite, fezes sanguinolentas e crescimento exagerado das unhas, são indicativos de que o animal está infectado com o parasita. O cuidado com os animaizinhos se torna imprescindível para o não espalhamento da doença entra a população de cães da capital.

A data comemorativa foi instituída pela Lei nº 12.604/2012, estabelecendo que a semana de 10 a 17 de agosto seja uma oportunidade para disseminar informações acerca da importância das medidas de prevenção. Durante cinco anos, até 2020, o laboratório de diagnóstico de zoonoses da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (SMS) realizou 12.895 testes sorológicos para diagnóstico de leishmaniose visceral canina, em animais encontrados em visitas domiciliares das equipes, que possui ações coatantes nas regiões com maiores registros da presença do parasita na cidade. 209 animais foram reagentes, conferindo uma prevalência acumulada de 1,6% para os seis anos. O ano com a maior prevalência foi 2018 com uma prevalência de 3,2%. Ipioca, Riacho Doce e Pescaria forram os bairros com maior número de animais com resultados positivos foram, com 80, 46 e 17 casos, respectivamente. Um total de total de 19 casos humanos da doença foi registrado em cinco anos. Os números são da SMS e refletem os casos humanos da doença registrados entre 2016 a 2021. Desses, 9 casos da forma cutânea, mais comum, da doença, A faixa etária mais afetada foi a população adulta da capital, entre 20 a 49 anos.

Já a forma mais letal da doença, a visceral, teve um total de total de 10 casos. Crianças, dos 10 aos 14 anos, e a população adulta dos 35 aos 49 anos, registraram a maioria dos casos.

Para ambas as formas da doença os homens foram mais afetados, representando 78% dos casos em Maceió. Segundo a UVZ, a melhor forma de seguir no combate a doença é o trabalho realizado para contenção do espalhamento da Leishmania na população canina da capital. Para evitar a proliferação de focos da Leishmaniose, especialistas recomendam o uso do mosquiteiro, telamento de portas e janelas, uso de repelentes, limpeza urbana, eliminar fontes de umidade, evitar a permanência de animais como galinhas, porcos ou equinos dentro de casa, fazer teste sorológico canino antes de adotar um animal, utilizar coleiras impregnadas com deltametrina a 4% e capturar os cães que estejam doentes ou suspeitos. Para entrar em contato com o centro, a unidade, a população pode usar a Gerência de Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos, através do e-mail: ccz endemias@sms.maceio.al.gov.br, ou ainda pelo telefone (82) 3312-5795.

Gazeta de Alagoas



Enquete
Se a Eleição municipal fosse agora em quem você votaria para prefeito de União dos Palmares?
Total de votos: 368
Notícias Agora
Google News