A Corregedoria da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) instaurou um procedimento administrativo disciplinar para apurar a entrada aparelho celular e chips telefônicos no Presídio Militar. Uma revista interna realizada no dia 8 de maio deste ano na unidade prisional localizou um celular, dois chips e três cabos carregadores em três celas.
O celular apreendido e os dois chips telefônicos estavam na cela do 2° tenente Tiago da Silva Duarte, que está preso desde o dia 24 de janeiro de 2019. Duarte foi preso na operação Expurgo, deflagrada pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL).
Segundo o órgão, Duarte era líder de uma organização criminosa acusada de participação em crimes de roubo, tráfico de drogas e armas e invasão a residências. O MPAL também descobriu que os militares costumam agir ao lado de outras cinco pessoas, e que todos cometem assaltos e comercializam ilegalmente armas e entorpecentes. Há denúncias também da prática de homicídios e estupros.
Além do material encontrado na cela onde estava Duarte, os outros materiais, que são três carregadores, sendo dois em uma cela e uma em outra, foram encontrados onde estavam presas outras quatro pessoas. Sendo um terceiro sargento, dois cabos e um soldado.
Embora a vistoria no presídio em que Duarte está preso tenha acontecido em maio, a publicação com a instauração do processo administrativo só aconteceu na última sexta-feira (30). A demora se deu porque a administração da unidade prisional argumentou que a PMAL não organizou administrativamente a unidade e, por este motivo, não tinha autonomia para abrir o procedimento.
Sobre isso, os juízes da 16ª Vara Criminal da Capital-Execuções Penais, provocaram o Conselho de Segurança do Estado de Alagoas e à Procuradoria Geral do Estado (PGE) acerca da legislação pertinente quanto à investigação de faltas graves cometidas no interior do Presídio Militar.