A maioria dos brasileiros empata ou gasta mais do que pode do salário ao final do mês (69,4%), segundo o I-SFB (Índice de Saúde Financeira do Brasileiro), novo índice do BC (Banco Central) e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), lançado nesta segunda-feira (19).
Do total, 11% gastam muito mais do que ganham, 18% gastam mais do que ganham, 40% empatam os gastos com a receita, 23% gastam menos do que ganham e 8% muito menos. “A maioria dos pesquisados não gasta mais do que a renda, mas grande parte vive a tensão do empate financeiro”, afirma Amaury Oliva, diretor de Cidadania Financeira da Febraban.
64,7% não se sentem seguros sobre seu futuro financeiro. “O orçamento justo leva o cidadão a pensar bastante antes de gastar o dinheiro”, afirma Amaury Oliva, diretor de Cidadania Financeira da Febraban.
Qual a situação do brasileiro? A pesquisa mostra que a média de saúde financeira dos brasileiros ficou em 57 pontos. Isto significa que a situação está no nível “ok”, o que aponta para um equilíbrio financeiro com pouco espaço para erro.
O índice varia de 0 a 100, sendo que pontuações de 0 a 56 já são consideradas baixas.
Faixas de pontuação | Saúde financeira | Percentual de entrevistados em cada faixa | O que significa |
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0 a 36 | Ruim | 11,6% | Círculo de fragilidade, estresse e desorganização financeira |
37 a 49 | Muito baixa | 21,1% | Risco de atingir uma situação crítica |
50 a 56 | Baixa | 15,6% | Primeiros sinais de desequilíbrio e risco de entrar em alto estresse financeiro |
57 a 60 | Ok | 10,1% | Equilíbrio financeiro no limite - com pouco espaço para erro |
61 a 68 | Boa | 14,3% | Básico bem feito |
69 a 82 | Muito boa | 19,2% | Domínio do dia a dia, mas precisa dar o salto do patrimônio |
83 a 100 | Ótima | 8,1% | Vida financeira sem estresse. Finanças proporcionam segurança e liberdade financeira |
Outros dados da pesquisa:
Como está sua saúde financeira? O índice tem como objetivo fazer com que as pessoas identifiquem sua situação financeira, preenchendo um questionário online. Ao responder as perguntas, a ferramenta mostra qual a pontuação e compara com a média dos brasileiros por idade, faixa de renda, região, educação e estado civil.
“Com a ferramenta, nasce de uma nova abordagem, mais personalizada, que permite identificar o ponto de partida de cada indivíduo”, afirma Maurício Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central. Para ele, será possível ajudar o cidadão com mais informações e oferecendo mais dados ao sistema bancário, que poderá oferecer produtos e serviços mais adequados ao perfil dos brasileiros.
Como a pesquisa foi feita? Foram ouvidos 5.220 brasileiros com mais de 18 anos que tenham relacionamento com o Sistema Financeiro Nacional.