“Sou radicalmente contra as forças de segurança prenderem uma pessoa que está em uma praça pública, andando de bicicleta, vendendo algo na esquina ou surfando no mar”, argumentou.
Anderson assumiu o ministério na última reforma promovida pelo presidente, há um mês. O ex-secretário de segurança pública do Distrito Federal é homem de confiança da família Bolsonaro e endossa boa parte do discurso do grupo.
À Veja, reforçou ser a favor da excludente de ilicitude para polícias, apoiador da redução da maioridade penal e crítico da anulação dos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, defendeu o direito de “todo cidadão de bem” de portar armas de fogo.
“É natural que o ser humano arrume uma forma de se proteger. Não podemos tirar o direito do cidadão de bem de ter uma arma de fogo em casa. Quando se fala em ter uma arma, tenta-se criar uma imagem que as pessoas vão sair por aí com ela na cintura, fazendo barbaridade pelas ruas, e não é isso. Quem tiver uma arma precisa zelar por ela e ser responsabilizado se algo acontecer. Isso não é uma política”, argumentou.
O ministro também fez críticas à instalação da CPI da Covid, que investigará Bolsonaro por eventuais omissões e acusações relacionadas à gestão da crise da pandemia no país. Para ele, trata-se de um momento inoportuno para que a comissão seja realizada.
“A gente tem de ter muito cuidado com os rumos que essa CPI vai tomar. O povo brasileiro é quem vai sair perdendo se houver uma CPI apenas com objetivos políticos nessa altura do campeonato, com a população sofrendo, com pessoas morrendo pela Covid-19. É bom ressaltar que a maioria das ações de combate à pandemia foi executada com recursos federais. Pergunto: a investigação vai se limitar ao governo federal? É preciso seguir o dinheiro”, argumentou.
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