 
                                    O desemprego atingiu 14,4 milhões de brasileiros no trimestre encerrado em fevereiro. Trata-se do maior número de pessoas sem trabalho já registrado na série histórica, iniciada em 2012. Os dados constam da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
“Não houve, nesse trimestre, uma geração significativa de postos de trabalho, o que também foi observado na estabilidade de todas as atividades econômicas, muitas ainda retendo trabalhadores, mas outras já apontando um processo de dispensa como o comércio, a indústria e alojamentos e alimentação. O trimestre volta a repetir a preponderância do trabalho informal, reforçando movimentos que já vimos em outras divulgações – a importância do trabalhador por conta própria para a manutenção da ocupação”, afirma a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.
População ocupada: 85,9 milhões de pessoas estavam trabalhando no período, número 8,3% menor a frente do mesmo período do ano passado.
Desalentados: estes são os brasileiros que desistiram de procurar emprego por algum motivo. No trimestre encerrado em fevereiro, esta população bateu recorde e chegou a 6 milhões.
Trabalhador por conta própria: este grupo aumentou no período. Eram 23,7 milhões trabalhadores por conta própria, com alta de 3,1% frente ao trimestre móvel anterior (mais 716 mil de pessoas) e queda de 3,4% ante o mesmo período de 2020 (menos 824 mil pessoas).
Empregados com carteira assinada: 29,7 milhões de brasileiros estavam empregados em vagas formais, com queda de 11,7% em comparação ao mesmo período de 2020.
Sem carteira assinada: havia 9,8 milhões de pessoas no setor privado sem carteira assinada, com queda de 15,9% em comparação ao ano passado.
Trabalhadores domésticos: 4,9 milhões de pessoas fazem parte deste grupo, que ficou estável frente ao trimestre anterior, mas recuou 21,0% (-1,3 milhão de pessoas) ante o mesmo período de 2020.
Informalidade: a taxa de informalidade foi de 39,6% da população ocupada, ou 34 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido 39,1% e no mesmo trimestre de 2020, 40,6%.
https://6minutos.uol.com.br/