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Brasil
18/04/2021 02:00:00

Brasileiros 'ignoram' 2ª dose e sanitarista alerta para falta de proteção e desperdício da 1ª

Brasileiros 'ignoram' 2ª dose e sanitarista alerta para falta de proteção e desperdício da 1ª

Muitos brasileiros que já receberam a primeira dose da vacina contra a COVID-19 estão deixando de comparecer para a segunda aplicação. "Vão precisar novamente das duas doses se passar muito tempo", avisa especialista.

O único imunizante de apenas uma dose aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) até o momento é o da Johnson & Johnson, mas a vacina ainda nem chegou ao Brasil. Apesar disso, muitos brasileiros que tomaram a primeira injeção estão deixando de comparecer ao posto de saúde novamente para receber a segunda dose contra a COVID-19.

O Ministério da Saúde anunciou, na última terça-feira (13), que 1,5 milhão de pessoas estão nesta situação, o que coloca em risco a eficácia do próprio processo de vacinação.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) recomendou que sete municípios encontrem as pessoas que deixaram de tomar a segunda dose para conscientizá-las da necessidade da segunda aplicação. As cidades envolvidas neste caso são São Gonçalo, Niterói, Maricá, Rio Bonito, Silva Jardim, Tanguá e Itaboraí.

Do total de pessoas do país que já deveriam ter tomado a segunda injeção, 143.015 seriam moradores do estado do Rio de Janeiro.

Trabalhadores da Saúde preparam doses da vacina CoronaVac durante a vacinação para pessoas de 71 anos ou mais no Rio de Janeiro, no Brasil, no dia 31 de março de 2021
© REUTERS / RICARDO MORAES
Trabalhadores da Saúde preparam doses da vacina CoronaVac durante a vacinação para pessoas de 71 anos ou mais no Rio de Janeiro, no Brasil, no dia 31 de março de 2021

O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) informou, nesta quinta-feira (15), que o número real divulgado pelo ministério é menor, porque muitos municípios estariam atrasando a inserção de dados no sistema do governo federal.

Ainda assim, a situação já preocupa autoridades de Saúde do país.

Segundo o médico Alexandre Chieppe, sanitarista da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, tomar apenas uma dose, além de não promover a proteção necessária contra a doença, ocasionará o desperdício da primeira vacina aplicada.

"Uma vez que a pessoa retome a vacinação, vai precisar novamente das duas doses caso passe muito do tempo que deveria tomar a segunda dose", explicou o especialista em entrevista à Sputnik Brasil.

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