“Não é prudente nem razoável voltar à fase laranja”, diz governador sobre novas medidas

Ainda sem ter decidido se o decreto atual será renovado, o governador Renan Filho avaliou que os resultados das medidas restritivas já estão surgindo efeito e impedindo o colapso da rede hospitalar. Em entrevista nesta segunda-feira (29), ele afirmou que na Semana Santa a recomendação é a mesma: ficar em casa, pois a taxa de ocupação de leitos permanece acima de 80%, quando se recomenda manter a fase vermelha do distanciamento social.

“O decreto novo foi muito importante. Estávamos registrando uma aceleração na ocupação mesmo diante da abertura de novos leitos. Chegamos a 368 leitos de UTI exclusivos para Covid e, pela primeira vez, observamos a ocupação cair. Depois de chegar a 93%, caímos para 86% ontem”, disse Renan Filho.

“Ainda tivemos crescimento de mortes e estamos com a taxa de ocupação superior a 80%. Portanto, não é prudente nem razoável voltar à fase laranja. Vou conversar com os técnicos da saúde, representantes da sociedade civil e setor produtivo para avaliar qual o melhor caminho para manter a situação sob controle em Alagoas”, completou.

O governador lembrou que a rede hospitalar não colapsou em Alagoas, embora tenha passado de 90% de ocupação. Foi anunciado, ainda, que o Hospital de Campanha do Centro de Convenções de Maceió será reaberto.

“Somos um dos únicos estados do Brasil a não colapsar. Aqui em Alagoas praticamente não tivemos mortes por falta de UTI e isso é muito significativo. Por isso precisamos avançar nas medidas com calma. Eu espero que, em um amplo diálogo, nós consigamos definir como faremos nos próximos dias, principalmente porque estamos avançando na vacinação e precisamos de mais tempo para avaliar os efeitos dela”, afirmou.

Por fim, o chefe do Executivo estadual fez um apelo destinado aos jovens, já que a quantidade de internados e contaminados pelas novas variantes tem atingido especialmente essa faixa etária.

“Em Alagoas o número de mortes em jovens já está maior que no ano passado. A juventude acha que o vírus não vai agredi-los, mas o fato é que ele ficou mais agressivo do ano passado pra cá e está matando mais gente em todas as faixas etárias. Portanto é importante que as pessoas não aglomerem para que possamos ver a transmissão do vírus diminuir”, finalizou.

Folha Alagoas