O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro ficou em 0,86%, informou o IBGE nesta quinta-feira (11). Esse foi o maior resultado para um mês de fevereiro desde 2016.
O IPCA é o índice oficial para aferir a inflação no Brasil, e serve de referência para o Banco Central definir a taxa básica de juros da economia.
No acumulado de 12 meses, a alta é de 5,20%. Com isso, o IPCA já encosta no teto da meta de inflação definido pelo Banco Central. Para 2021, a meta estabelecida é de 3,75%, com variação tolerada de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Ou seja, não haverá descumprimento da meta caso o IPCA fique entre 2,25% e 5,25%.
Abaixo, o 6 Minutos mostra como se saiu cada uma das principais categoriais monitoradas pelo IBGE:
O resultado foi influenciado pela alta nos preços dos combustíveis, com destaque para a gasolina (7,11%), para o etanol (8,06%) e para o óleo diesel (5,40%). Segundo o IBGE, a categoria combustíveis acumula alta de 28,44% nos últimos 9 meses.
O maior impacto veio dos cursos regulares, que subiram 3,08%. O resultado é esperado, uma vez que fevereiro marca o início do ano letivo. Segundo o IBGE, é possível observar a retirada de descontos praticados por algumas instituições de ensino ao longo de 2020, no contexto da pandemia. As maiores variações vieram da pré-escola (6,37%), do ensino fundamental (4,92%) e do ensino médio (4,45%), e as menores, do ensino superior (0,94%) e do curso técnico (0,91%).
O destaque ficou com o item higiene pessoal (1,07%), seguido pelos planos de saúde (0,67%) e pelos produtos farmacêuticos (0,27%).
O preço dos alimentos está subindo em ritmo mais lento. Alguns itens apresentaram quedas expressivas, como a batata-inglesa (-14,70%), o tomate (-8,55%), o leite longa vida (-3,30%), o óleo de soja (-3,15%) e o arroz (-1,52%). Ficaram mais caros a cebola (15,59%) e a carne (1,72%).
No grupo Habitação, a maior contribuição veio do gás de botijão (2,98%), que ficou mais caro pelo nono mês consecutivo. Além disso, o gás encanado (2,68%) também registrou alta, consequência dos reajustes de 8,07% e 15,57% em Curitiba (14,71%), de 3,50% no Rio de Janeiro (3,18%) e de 0,79% em São Paulo (0,42%).
Ainda em Habitação, destaca-se a variação de 1,02% da taxa de água e esgoto, em função de reajustes em Fortaleza (12,25%), Aracaju (5,36%), Curitiba (5,11%), Campo Grande (4,77%) e Recife (2,40%).