O Ministério da Saúde assinará na terça-feira (02) o contrato para compra de 54 milhões de doses adicionais da CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, disse nesta sexta-feira (28), o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.
O governo do Estado de São Paulo, ao qual o Butantan é vinculado, vinha pressionando o ministério a exercer a opção para o lote adicional da CoronaVac. Governadores de todo o país já haviam mandado um ofício ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) solicitando uma ação do governo federal na questão. Inicialmente, o Ministério da Saúde havia alegado o direito contratual de manifestar interesse no lote até o dia 30 de maio.
Alguns minutos atrás, quando eu já estava aqui no púlpito, recebi uma comunicação da pessoa responsável pelo departamento de logística do Ministério da Saúde avisando que o contrato será assinado na terça-feira da próxima semana", disse Covas em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
A demora no posicionamento do Ministério da Saúde vinha causando repercussão negativa em todo o país. Minutos antes, na mesma coletiva, o governador João Doria (PSDB) havia dado um ultimato à pasta comandada por Eduardo Pazuello informando que, se não houvesse um posicionamento até o próximo dia 5, o tucano iria negociar os imunizantes com outros governadores e prefeitos do país.
Para justificar a pressão, o tucano ainda listou os nomes de governantes que já deixaram claro o interesse em adquirir as doses da Coronavac.
O contrato com o ministério da Saúde prevê a entrega de 46 milhões de doses da Coronavac à pasta até abril e uma opção para aquisição de mais 54 milhões de doses, totalizando 100 milhões.
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