Ao término de uma vistia de um mês a Cuba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o líder do Partido Comunista da ilha, Raúl Castro, nesta terça-feira (19). Após o encontro, Lula condenou a inclusão do país na lista norte-americana de “patrocinadores do terrorismo”.
“Donald Trump sai da História pela porta dos fundos e demonstra mais uma vez o homem vil que é, em uma manobra desprezível e oportunista, carregada da principal marca de sua administração: a mentira”, escreveu o ex-presidente em uma carta publicada no Twitter.
O documento foi entregue por Lula ao presidente cubano Miguel Díaz-Canel expressando a revolta com a decisão do governo Donald Trump, ex-presidente dos EUA, de devolter Cuba à lista de patrocinadores do terrorismo.
“Manifesto minha solidariedade a Cuba, à Revolução e ao povo cubano. E reitero meu repúdio a mais essa sordidez, que tem por único objetivo a tentativa de asfixiar nossa Ilha, reforçando o bloqueio e as agressões a ela impostos há mais de seis décadas”, diz outro trecho da carta.
O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, retribuiu a visita de Lula com uma reposta no Twitter. "Agradecemos pela visita fraterna e pela mensagem de solidariedade do irmão ex-presidente @LulaOficial, ante a inclusão de #Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo", escreveu.
Lula chegou a Cuba em dezembro passado para participar de um documentário sobre América Latina dirigido pelo cineasta americano Oliver Stone.
O governo de Donald Trump recolocou Cuba na lista americana de países patrocinadores de terrorismo no início de 2021. A decisão complicará esforços da nova administração do democrata Joe Biden para reviver a aproximação com Havana promovida no governo Obama.
Em 2015, o democrata, de quem o presidente eleito Joe Biden foi vice, tirou a ilha formalmente da lista, um passo importante para restaurar laços diplomáticos.
"Com essa medida, voltaremos a responsabilizar o governo de Cuba e enviaremos uma mensagem clara: o regime de Castro deve pôr fim ao seu apoio ao terrorismo internacional e à subversão da justiça americana", disse Mike Pompeo, chefe da diplomacia dos EUA no governo Trump.
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