Além da dor provocada pela morte de um ente querido, familiares têm enfrentado dias de desespero à espera da liberação dos corpos pelo Instituto Médico Legal (IML) para poderem, finalmente, dar um sepultamento digno aos seus parentes.
Em entrevista ao CadaMinuto, nesta quarta-feira, dia 23, João Minervino, pai do jovem João Gabriel, de 16 anos, assassinado na porta da casa do tio dele no domingo, dia 20, disse que, como se não bastasse toda a dor enfrentada pela morte do filho, ainda tem enfrentado “a falta de compreensão dos colaboradores que fazem parte do IML de Maceió, que até o presente momento não liberaram o corpo do meu filho”.
“O que eu desejo é poder sepultar meu filho com o mínimo de dignidade”, desabafou o pai do adolescente.
Paralisação
O serviço está acontecendo de forma mais lenta pois, segundo o Sindicato dos Técnicos Forenses de Alagoas lotados nos IML’s de Maceió e Arapiraca, os trabalhadores não receberam o pagamento das horas extras executadas de janeiro a dezembro deste ano.
Os técnicos informaram ainda que os trabalhos “extras” estão paralisados, o que acarreta prejuízo ao serviço, provocando o acúmulo de corpos em razão do atraso na liberação deles.
Trâmites
A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) disse que lamenta a decisão pela paralisação e informa que o processo de remuneração das atividades extraordinárias dos técnicos forenses de Alagoas está na Procuradoria Geral do Estado (PGE) seguindo os trâmites exigidos.
Assim que for encaminhado à Seplag, a pasta efetivará o pagamento, informou a assessoria.
Já em relação ao pagamento de horas extras não pagas aos técnicos forenses, a assessoria de Comunicação da Perícia Oficial do Estado de Alagoas esclareceu que a parte administrativa que cabe a chefia do IML e à POAL foi realizada dentro do prazo legal. No entanto, os referidos processos administrativos encontram-se em análise nos órgãos competentes para a realização do pagamento.
Cada Minuto