R$ 100 reais num envelope, R$ 70 em outro. Em troca da grana recebida secretamente, Lucas prometeu votar em dois candidatos diferentes para a Câmara Municipal de Duque de Caxias, no Rio.
"Vou negar R$ 170 em época de pandemia?", justifica o rapaz de 20 anos, cujo nome foi modificado nesta reportagem.
No dia 15 de novembro, primeiro turno das eleições municipais no Brasil, ele digitou um terceiro número na urna: não era o de nenhum dos candidatos que haviam comprado seu voto.
"Fiz pra tirar proveito da situação. Já que vivo num país largado às traças, posso me beneficiar e mesmo assim não significa que os candidatos vão ganhar. Recebi dinheiro e votei em alguém que acreditava mais."
BBC News Brasil