O número de casos de covid-19 nos Estados Unidos estava perto de ultrapassar 12 milhões neste sábado (21), poucos dias antes do feriado de Ação de Graças, que, segundo especialistas, pode contribuir para a disseminação da infecção em todo o país.
A marca ressalta o agravamento da epidemia de covid-19 nos EUA, onde 250 mil morreram da doença, mais do que em qualquer outra nação, e levou mais de 20 Estados a impor novas restrições neste mês para tentar conter o vírus.
Dados da Reuters mostram que o ritmo de novas infecções nos Estados Unidos acelerou, com quase um milhão de casos apenas nos últimos 6 dias, desde que o país registrou 11 milhões. Demorou 8 dias para os EUA passarem de 10 milhões de casos para 11 milhões de casos e 10 dias para passarem de 9 para 10 milhões.
Autoridades de saúde alertaram que a onda de infecções pode em breve sobrecarregar o sistema de saúde se as pessoas não seguirem as orientações de saúde, especialmente em relação a não viajar e se misturar com outras famílias para a tradicional celebração do Dia de Ação de Graças na quinta-feira (26).
O Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos emitiu uma "forte recomendação" aos norte-americanos nesta semana para evitar viajar durante o feriado de Ação de Graças.
"Estamos alarmados com o aumento exponencial de casos, hospitalizações e mortes", disse o representante do CDC Henry Walke a repórteres.
Muitos norte-americanos pareciam desafiar essa orientação nos dias que antecedem o feriado. Na sexta-feira, um vídeo no Twitter mostrou mais de cem pessoas, usando máscaras, lotando os portões de embarque do aeroporto Sky Harbor em Phoenix, no Arizona.
O número de pessoas que viajam de avião nos Estados Unidos para o feriado de Ação de Graças deve cair 47,5% em relação a 2019, enquanto o número de pessoas que viajam de carro deve cair apenas cerca de 4%, de acordo com um relatório divulgado no início deste mês pela American Automobile Association.
A reinfecção por coronavírus tende a ser mais grave? Ainda não se sabe. De acordo com Raquel, existem apenas cinco casos confirmados de reinfecção por coronavírus em todo o mundo. Destes, três foram leves e dois graves. Ela lembra que o primeiro caso de reinfecção, confirmado em Hong Kong, foi de uma pessoa assintomática, que só descobriu o contágio da segunda vez porque foi testada em um aeroporto, ao voltar de viagem. Os pesquisadores descreveram o paciente como "aparentemente jovem e saudável". Nesta semana, a Holanda registrou a primeira morte causada pela reinfecção pelo coronavírus no mundo. A paciente era uma idosa de 89 anos. Os efeitos da covid-19 foram agravados na segunda vez por uma forma rara de câncer de medula óssea. O outro caso grave de reinfecção aconteceu nos Estados Unidos: um paciente de 25 anos, que não tinha comorbidades ou problemas de imunidade porque seus pulmões não conseguiam captar oxigênio suficiente para o corpo e depois conseguiu se recuperar, segundo estudo publicado na revista científica Lancet. Tais relatos, portanto, mostram perfis bem diferentes de pessoas que desenvolveram quadros graves durante a reinfecção pelo vírus.
R7