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Geral
20/08/2020 20:00:00

Familiares de reeducandos protestam em frente ao Palácio do Governo exigindo retorno das visitas

Familiares de reeducandos protestam em frente ao Palácio do Governo exigindo retorno das visitas

Familiares de reeducandos resolveram, na manhã desta quarta-feira (19) protestar em frente ao Palácio do Governo, interditando o tráfego de veículos no Centro. Eles reivindicam o retorno das visitas aos apenados, que estão suspensas desde março, quando foi dado o início ao isolamento social como forma de prevenção ao contágio do coronavírus.


Esta semana, as esposas dos presos fizeram um protesto em frente ao sistema prisional da capital, na rodovia BR-104. Na terça-feira (18), uma comissão de parentes de apenados procurou a Defensoria Pública do Estado para terem garantido o que eles chamam de direito à visita pessoal.

No entanto, no dia 21 do mês passado, elas já haviam feito um protesto em frente ao sistema prisional e, em seguida, reuniram-se com o gestor da Seris (Secretaria de Ressocialização e Inserção Social), coronel Marcos Sérgio Freitas, onde ele explicou que o retorno das visitas se daria dentro das fases de avanço na retomada das atividades de cada setor e que a medida não servia para privar os apenados de suas famílias (e vice-versa), mas era uma medida prevista no protocolo sanitário e que tinha por objetivo não proliferar a doença dentro do sistema.


Vale lembrar que os reeducandos já vivem aglomerados, por dividirem celas e terem contato com os demais durante o banho de sol, e basta a visita de um único familiar assintomático para que o preso seja contaminado e a Covid-19 se alastre pelo sistema inteiro.
Atualmente, Alagoas tem cerca de 4,7 mil reeducandos, na maior parte deles nas unidades a capital. Se um terço destes presos adoecessem, seria decretado estado de calamidade no sistema prisional e o governo do Estado não teria condições de tratar todo esse contingente, tendo em vista que não há leitos nem respiradores para atender os pacientes que estão vivendo a fase azul ou laranja do isolamento social (dependendo de onde moram), e mais a demanda gigantesca que chegaria das unidades prisionais e ainda com um agravante: a necessidade de ter policiais acompanhando o apenado durante a internação.
Apesar de o governo estar fazendo os avanços de etapas dentro da matriz de risco, para evitar novas ondas de contágio (Alagoas já passou dos 72,9 mil casos da doença) e mais mortes (176 pessoas já morreram em função desta pandemia).


A previsão da Seris é que as visitas e entrega de alimentos retornem em setembro, mas como todos os setores, vai depender da matriz de risco e, ao retornar, obedecerá um rigoroso controle sanitário, que inclui aferição de temperatura para todos os visitantes, controle sobre a quantidade de pessoas para as visitas e contando inclusive com a possibilidade de intercalar as visitas, não sendo duas por semana, como acontecia antes da pandemia, até a chegada da fase branca, onde saberemos como será o 'novo normal'.

Emergência 190