Teste descarta coronavírus para idosa que morreu em Maceió e foi enterrada sem velório

Maria Luisa da Silva morreu no dia 9 de abril, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Trapiche. Como o atestado de óbito apontava "morte por Síndrome Respiratória Aguda grave e suspeita Covid-19", ela foi enterrada de acordo com as regras sanitárias para esses casos, com limite de 10 pessoas.

A família da idosa critica a demora para o resultado do teste de Covid-19. A sobrinha Benailda da Silva Pereira, disse que se o teste fosse rápido, os parentes teriam a oportunidade de se despedirem corretamente de Maria Luisa.

"“Com o resultado do exame, a família primeiro se sentiu aliviada porque não foi por coronavírus, mas por outro lado, a gente sentiu muito raiva porque o enterro poderia ter sido diferente se o existisse o resultado do exame na hora. Não teria tido o protocolo todo para o enterro. O que a gente está questionando é a demora desse resultado, porque o que a gente passou, não gostaríamos que nenhuma pessoa passasse. A família sente muito por não ter se despedido.Não vai ficar por isso mesmo. A família vai entrar com ação”, disse Benailda da Silva.

"Gostaria de fazer um apelo ao governador para que providencie o mais rápido possível o teste rápido, para que quando as pessoas derem entrada nos hospitais com os sintomas, seja feito o exame e dê o resultado na hora, porque ninguém merece passar pelos que as famílias estão passando. Esse resultado demora muito. É desumanos as pessoas terem que passar por isso. Não poder se despedir. Fica esse suspense, você ter que esperar 10 dias, sete dias p elo resultado. Isso não existe", complementou a sobrinha da idosa.

O G1 questionou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) sobre a demora no resultado do teste e aguarda o posicionamento.

Um vídeo cedido para a família mostrou o sepultamento. Nas imagens, funcionários de uma funerária usavam roupas especiais para evitar o contágio e parentes aparecem afastados da cova