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Alagoas
08/04/2020 21:00:00

Aliança Comercial de Maceió se diz descontente com decreto do governo do Estado

Direção da entidade se contrapõe a decisão do governo Renan Filho em manter lojas fechadas até 20 de abril e reforça prejuízo bilionário

Aliança Comercial de Maceió se diz descontente com decreto do governo do Estado

Um dia após a publicação de novo decreto do governo do Estado, que mantém a suspensão das atividades de vários empreendimento do setor produtivo até 20 de abril, a Aliança Comercial de Maceió divulgou nota nesta terça-feira (07) se contrapondo à decisão do governador Renan Filho e externando descontentamento com a decisão.

 A entidade reforçou que as perdas com o isolamento social obrigatório ao setor terciário deve resultar em prejuízo de R$ 1,6 bilhão e uma perda de mais de 1.700 vagas de emprego no comércio da capital.

"A Aliança Comercial vem a público externar o seu total descontentamento em relação à decisão tomada pelo governador do estado em dar continuidade ao fechamento das lojas se estendendo até o  dia 20 de abril, paralisando as atividades comerciais, comprometendo toda uma cadeia que já vem sentindo as dificuldades e a crise que assola toda a economia", consta na nota assinada pelo presidente da entidade, José Guido Júnior.

Na publicação, a Aliança Comercial destacou os dados de que o setor terciário tem uma representatividade de 49% do PIB de Alagoas e é responsável por empregar 66% dos trabalhadores celetistas e 83,33 dos empreendimentos existentes, respondendo por 44% da arrecadação de IMCS no Estado e chamou a atenção de que as perdas diárias do setor são estimadas em R$ 53 milhões nas atividades do comércio e de serviços. "Com a prorrogação até 20 de abril, o prejuízo acumulado será de R$ 1,6 bilhão", pontuou.

"Diante disto estima-se uma perda de mais de 1.700 empregos, apenas no Centro de Maceió conforme pesquisa feita pela Aliança. Mediante ao que aqui foi exposto, a Aliança Comercial se contrapõe a decisão do governador e solicita que haja bom senso entre as partes. Não há desenvolvimento sem trabalho e todos merecem e devem estar juntos nesta caminhada", reforçou na nota o presidente da entidade.

José Guido Júnior considerou ainda que é enfrentar a pandemia da Covid-19, que atinge o mundo inteiro, reconheceu o o momento que todos atravessam é difícil,  "mas se faz necessário encontrarmos meios onde possamos equilibrar os interesses econômicos e sociais".

Após a postagem na rede social da entidade no Instagram, várias internautas e lojistas também teceram críticas à manutenção da suspensão das atividades do comércio e principalmente às perdas de postos de trabalho.

"Triste realidade. Sei que temos que nos cuidar com relação a saúde. Mas o desemprego, a fome também afeta e muito a saúde de todos. E existem várias formas de se combater. Isolamento pra grupos de riscos, evitar aglomeração, higiene e deixar a vida seguir e as pessoas trabalharem. Mas pra mim isso não é pensar na saúde da população, isso [o decreto] é pensando apenas neles politicamente. Essa é a minha opinião", declarou  Glauciete Cavalcante.

Já a loja Pana Paná Store considerou um absurdo o fechamento dos estabelecimento até o dia 20 de abril.  "O prejuízo é enorme e o pequeno ou médio comerciante que arque, isso se conseguir se recuperar. Precisamos nos unir para tentar reverter essa posição do Governo do Estado", considerou.

Gazetaweb