Nesta quinta-feira (7), acontece em Brasília a audiência na Câmara dos Deputados sobre as causas do afundamento do solo em Maceió. A audiência pública foi solicitada pelo deputado federal João Henrique Caldas (PSB-AL), com a intenção de identificar os motivos pelos quais tem se observado o afundamento no solo dos bairros do Pinheiro, Mutange, Bom Parto e Bebedouro.
Estão presentes na audiência representes do SOS Pinheiro, da assim como da Federação das Associações dos Moradores e da Fecomércio Alagoas.
A criação da Comissão Externa do Pinheiro foi assinada pelo presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia. A Comissão tem cinco integrantes e o relator é o deputado Marx Beltrão e até o final de dezembro há a previsão de se criar um relatório preliminar.
Histórico
O prefeito de Maceió, Rui Palmeira, decretou em março deste ano Estado de Calamidade Públicanos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro (Bom Parto foi incluido meses depois) em decorrência do agravamento das fissuras em imóveis e vias públicas nestas regiões.
O subsecretário municipal de Defesa Civil, Dinário Lemos, que chorou durante a audiência diante da recomendação de evacuação, mesmo antes do laudo final (que saiu em abril), informou que em Brasília a prefeitura encaminhou no Governo Federal o pedido de recursos para construir um novo bairro.
Este novo local precisa abrigar as mais de 10 mil famílias que hoje moram no Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto. Uma força tarefa já faz o atendimento e cadastramento de moradores, que precisam desocupar suas casas, preferencialmente para o novo bairro.
Em algumas comunidades mais pobres, as pessoas não têm documentação dos imóveis e também não podem continuar naquela área, complicando mais o cenário de realocamento. São escolas, hospitais, comércio, praças. Tudo do zero.
Braskem
“A Braskem discorda de pontos das análises do laudo apresentado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Tais discordâncias também foram verificadas por instituições externas. Não há, até o momento, comprovação técnica sobre as causas dos eventos geológicos dos bairros, o que é fundamental para a definição das soluções. Vale ressaltar que os tribunais superiores do Brasil têm reconhecido o momento preliminar em que se encontram as ações judiciais e negado os pedidos de bloqueio de recursos financeiros da companhia.”
A Braskem exerce atividade de mineração em Alagoas desde 1975, quando a empresa ainda era conhecida como Salgema. Alagoas é hoje o maior produtor de PVC da América Latina, suprindo a matéria-prima para setores fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do País, que são os setores de Habitação, Saneamento e Infraestrutura.
A fábrica em Marechal Deodoro tem capacidade de produzir 200 mil toneladas de PVC por ano. A Braskem emprega cerca de 6 mil funcionários. Ela é hoje a sexta maior companhia do mundo no setor petroquímico. Além do Brasil, tem plantas nos Estados Unidos, no México e na Alemanha, sendo controlada pela Odebrecht e já foi citada em pelo menos cinco dos inquérito da Lava-Jato.
é assim