Mercado de bolos cresce e passa de mil fábricas em AL, aponta Junta Comercial

Recheios, massas e sabores. Bolos de todas as formas. Para todos os gostos. Em A Dona do Pedaço, a personagem Maria da Paz, interpretada pela atriz Juliana Paes, desponta produzindo e vendendo bolos. Em Maceió, a realidade é cada vez mais próxima da ficção. Em cada esquina, o consumidor encontra uma fábrica ou loja de revenda de bolo. 

Para se ter uma ideia da proporção do crescimento de fábricas e lojas do setor em 2019, conforme apurou a reportagem daGazetaweb, a Junta Comercial do Estado de Alagoas (Juceal) possui o registro 1.095  fábricas de produtos de padaria e confeitaria com predominância de produção própria e 1.101 de revenda ativas. Na contramão do crescimento, apenas 46 fábricas e 47 lojas de revenda foram extintas somente este ano.

O assessor econômico da Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomercio), Felippe Rocha, aponta que, apesar do crescimento, a atividade informal é o reflexo da taxa de desemprego e de desalentados na região. “Desde o período de crise, houve uma acentuação no número de empreendimentos informais nos ramos de alimentação, comércio de eletrônicos e acessórios para celular”, disse Felippe Rocha.

CASO DE SUCESSO

Há três anos fazendo parte do mercado de empresas do setor, a empresária Nathalie Géssica da Silva Oliveira, de 26 anos, que possui lojas no Benedito Bentes, Clima Bom 2, Graciliano Ramos, José Tenório, Jatiúca e Centro. Além de vender, ela produz.  

“A ideia surgiu a partir do momento que eu precisava fazer os estágios na faculdade e precisava de uma renda, mas nenhum emprego batia com os horários”, disse Nathalie Géssica. 

Bolo de pote, salada de fruta e até sanduíches foram vendidos na faculdade antes das lojas. “Com a cara e com a coragem resolvemos (somos em 4 eu e meu esposo, meu irmão e a esposa dele), abrir uma loja para vender bolos, mas não sabíamos fazer em grande quantidade”, disse. 

A empresária conta que, em dois meses, conseguiu abrir a segunda loja. “Dividimos o valor para aprender a fazer os bolos. Apreendemos tudo em uma semana. Na outra já corremos atrás de tudo para começar e, por incrível que pareça, apreendemos, compramos tudo no cartão da minha mãe, e inauguramos nossa primeira loja em 15 dias”, contou Nathalie. 

Para a surpresa dos sócios, no primeiro dia, eles venderam mais do que o esperado. “Abrimos nossa segunda unidade e assim ficamos eu com uma e meu irmão com a outra, meu esposo saiu do emprego e resolvemos abrir uma loja para ele também”

Com o tempo passando, Nathalie conta que as coisas foram se ajustando e melhorando.  “Apareceu a oportunidade, e abrimos na Jatiúca e no Centro, até então temos seis unidades no total com o mesmo padrão, mais queremos levar a nossa marca para o mundo. Acredito que Deus tem muito mais para gente. Hoje, temos uma média de 13 funcionários, fora os extras em dias de movimento”, afirma.

A empresa produz uma média de 450 a 500 bolos por dia, o que significa uma média de 12,5 a 13 mil bolos por mês. São bolos a partir de R$ 5,00 que, segundo a empresária, o mesmo valor desde 2016.

Sobre o nome da marca, Nathalie conta que queria causar impacto quando as pessoas ouvisse. 

“Quando eu ouvia alguém falar essa roupa “é de griff” eu pensava: ‘nossa! que chique’. E assim surgiu nossa ‘Griff do Bolo’, um presente do Senhor, que mudou as nossas vidas. Deus vem nos abençoando e cuidando de tudo, jamais podemos esquecer o começo e que foi Deus que nos colocou onde estamos, não estamos nem perto de onde queremos chegar, sabemos que é só o começo de uma grande história”, ressaltou. 

ABERTURA

Por meio da assessoria de comunicação, a Junta disse que o processo para abrir uma empresa depende do objeto social escolhido. “Caso a empresa seja pequena e de baixo risco, pode ser aberta na forma de microempreendedor individual (MEI), que tem seu registro feito por meio do Portal do Empreendedor”, informou.

Para outros tipos empresariais, o processo é feito por meio do Portal Facilita Alagoas. “É importante ressaltar que, mesmo para os MEIs, o início do processo no Facilita Alagoas, promovendo a consulta prévia, é necessário para evitar problemas futuros em relação ao licenciamento do negócio”.

com GAZETAWEB

Via alagoas