A campanha eleitoral está no ar. No rádio e TV desfilam os candidatos e, todos, sem exceção, se apresentam como o ser capaz de transformar tudo e a vida de cada um pobre mortal.
O desfile, a cada guia eleitoral, é de “anjos e santos”. Sejam dos que já fizeram acontecer, os que fazem acontecer e os que dizem que vão fazer acontecer. Em suma, não há muita diferença de discursos uma vez que ser o bom é o objetivo.
E com esse conceito assegurar a conquista do que mais interessa que é o voto popular.Voto, aliás, que deveria ser livre, soberano, sem cabresto. Mas, tudo não passa de uma ilusão. Pelo menos, aqui, entre nós das Alagoas.
Há uma massa eleitoral nas cidades e na periferia da capital que é controlada por uma minoria de políticos. Estes integram a casta da elite, capaz da politicagem em qualquer grau para ter o voto da maioria vítima da desigualdade social gritante.
E assim o voto tem um preço. Quem pode paga. E quem paga é sempre o que nasceu em berço esplêndido, sabe-se lá como o berço chegou até ele.
Mas, no guia eleitoral midiático, diante dos holofotes os candidatos se apresentam com áureas douradas e prateadas. Longe do guia podem até encarnar o diabo, desde que nada possa ser registrado.
Para esses, é latente a convicção de que só eles podem exercer o poder, enquanto “camada superior da população”.
É justamente desta forma que grupos políticos tradicionais vão se elegendo a cada eleição. Instituíram a logística do voto para a massa periférica e graças a isso vão se mantendo no poder.
Aliás, Frei Vicente do Salvador, já dizia em 1627, em sua obra ‘História do Brasil:
-Nem um homem nesta terra é repúblico. Nem um homem zela e trata do bem comum, senão cada um do bem particular.
Aqui, no entanto, cabe a ressalva: -Raros são os de bons propósitos.
é assim - marcelo firmino