Os números oficiais da Secretaria de Defesa Social (SDS), com dados parciais dos crimes cometidos contra a vida em Alagoas, foram antecipados na tarde desta terça-feira, pelo secretário Paulo Rubim, após conclusão dos trabalhos realizados pela secretaria, em conjunto com a Gerência de Estatística e Análise Criminal, da Diretoria de Estatística e Informática (Deinfo) da Polícia Civil.
O anúncio dos índices foi antecipado - de acordo com a SDS - em conseqüência da falta de precisão na divulgação, por parte da imprensa, de números de homicídios ocorridos em Alagoas.
Segundo o relatório apresentado, até o último dia 10 foram cometidos 43 homicídios em todo o Estado. Deste total, 21 ocorreram na capital, outros quatro na região metropolitana e 28 em todo o interior de Alagoas. Desses mesmos números, a Gerência de Estatística da Defesa Social destacou os crimes ocorridos no último final de semana - dias 7, 8 e 9 -, quando foram registrados 9 homicídios na capital, apenas 1 na região metropolitana e 18 no interior, um número atípico para o Estado.
Para o secretário Paulo Rubim, apesar de a taxa de homicídio ter crescido no inicio deste mês, o número geral do ano está em queda, e os índices de violência estão caindo gradativamente, tanto na cidade de Maceió como em todos os outros municípios alagoanos.
Segundo os dados estatísticos disponibilizados no site da própria SDS, desde janeiro vem sendo registrada queda significativa no número de homicídios. "Em fevereiro, quando assumimos a pasta, os índices registrados eram de 220 homicídios. Já no relatório de estatísticas de outubro, que será apresentado na próxima segunda-feira, dia 17, este número caiu para 135, uma queda de cerca de 40%".
Rubim atribui esta redução às ações estratégias realizadas pela Defesa Social e pelos órgãos de segurança colegiados - Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiro, Centro de Perícias Forense e Intendência Penitenciária.
Em relação ao aumento de homicídios neste início de mês, Rubim, ainda informa que a maioria dos crimes foi cometida no horário noturno, das 18 às 23h59 horas e de zero horas até as 6 da manhã. As vitimas fatais, em sua maioria, eram homens com idade entre 18 a 24 anos, que tinham algum tipo de envolvimento com delitos e tráfico de drogas.
Outro dado importante e que chamou bastante atenção foi o aumento de homicídios contra mulheres, seis no total, em sua maioria, de ordem passional, cometidos pelo companheiro ou marido da vítima.
Já o aumento dos crimes no interior pode ser visto como uma conseqüência da deficiência no contingente da Polícia Militar. Até o mês passado, essa deficiência era coberta pela presença da Força Nacional, que, durante seis meses, efetuou diversas atividades ostensivas pelo interior de Alagoas, evitando assim diversos crimes.
Diante desse fato, Paulo Rubim já solicitou ao comando da PM, em especial ao Comando de Policiamento do Interior, bem como à Direção Gral da Polícia Civil, sejam tomadas as medidas necessárias para a contenção do aumento da criminalidade em todos os municípios alagoanos.
com agenciaalagoas // aarão josé e mário lima
