Após a apreensão da moto utilizada pelos assassinos do advogado Alan Portela, crime ocorrido no dia 28 de outubro, na sede do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minério e Derivados de Petróleo, a polícia conseguiu prender um dos autores do homicídio. Jhonatan dos Santos foi detido e autuado em flagrante por dirigir embriagado, e segundo a Delegada Maria Aparecida, titular do 22º Distrito Policial, que está a frente das investigações, o pai da vítima, Armando Portela, presidente do Sindicato, e uma secretária identificaram o Jhonatan como sendo o autor dos disparos. O outro acusado ainda continua foragido.
Ao ser preso na noite do dia 31 de outubro por militares do 5º BPM, Jhonatan prestou depoimento na delegacia e disse que a moto, vermelha e placa MVC 7949, foi emprestada por um amigo. Mas após realizar consulta no sistema, foi constatado que o veículo havia sido roubado no dia 27 do mesmo mês, na Rua Íris Alagoense, no bairro do Farol. O acusado foi preso e encaminhado a umas das celas da Roubos e Furtos.
"Realmente foi muita sorte nossa. Nas investigações que estávamos realizando chegamos até a informação do detalhe da moto, através das testemunhas que nós ouvimos. Nós o interrogamos sobre a tentativa de assalto e o assassinato do advogado, mas ele negou o envolvimento. Mais uma vez, chamei o presidente do sindicato Armando Portela e uma secretária da entidade, que presenciaram a tentativa do assalto, que de imediato reconheceram o Jhonatan, como o homem que fez os disparos, inclusive a secretária ficou bastante nervosa, pois ela esteve frente a frente com o Jhonatan. Agora não tenho mais dúvidas que chegamos ao primeiro latrocinista, responsável pelo assassinato do advogado. Ainda hoje, voltaremos a interrogá-lo, juntamente com o delegado Alcides Andrade, para chegarmos ao segundo elemento, que ele inicialmente diz não conhecer", afirmou a delegada Maria Aparecida, alegando que o latrocínio desta vez está completamente esclarecido.
Primeiro assalto
No dia 27, Jhonatan e seu comparsa assaltaram o motoqueiro Marcos Constantino dos Santos, que estava na moto dele, parado no prolongamento da Rua Íris Alagoense, quando foi rendido por Jonathan. “Marcos identificou o Jhontan como a pessoa que o rendeu com um revólver, o mesmo que foi utilizado no assassinato de Alan. Ao ser preso, Jonathan ainda tentou subornar os militares oferecendo R$ 500 para sua liberdade. Acredito que até o inicio da próxima semana, chegaremos ao segundo envolvido no assassinato de Alan Portela", concluiu Maria Aparecida.
O crime
A morte do advogado Alan Portela ocorreu no início da tarde do dia 28 de outubro, na sede do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Mineiro e Derivados de Petróleo, localizada no bairro do Prado, em Maceió.
De acordo com informações de testemunhas, dois homens chegaram em uma moto, que não teve placa anotada, invadiram o sindicato anunciando o assalto. No momento da ação cinco pessoas estavam no local e foram todas rendidas. Alan e seu pai , Armando Portela, presidente da entidade, estavam na parte de cima do prédio e se desesperam com a ação dos bandidos que a todo o momento os mandavam deitar no chão.
Segundo a delegada Maria Aparecida, provavelmente como eles não atenderam o que os assaltantes pediam pode ter sido esse o motivo que resultou nos disparos. A irmã da vítima, Verane Portela, esteve no local e disse que o pai tinha levado dois tiros, mas que passa bem e até o momento não sabia da morte do filho.
Os assaltantes não levaram nada do local e ainda deixaram alguns pertences como boné, óculos escuros e uma mochila.
Alan Portela era conselheiro do CRB e advogado. O caso vai ser investigado pela Delegacia 22° distrito, no Pontal da Barra.
com alagoasemtemporeal // anna cláudia almeida e cícero santana