Criminoso confesso, que já planeja uma fuga para mudar de ramo - 'assalto a banco é mais rentável'. É assim que Jonathan Lopes da Silva, 39, se apresentou à imprensa, nesta manhã, na sede da Polícia Civil. Mano, como é conhecido, foi preso na madrugada do último sábado, em uma operação que também prendeu oito pessoas acusadas de praticar seqüestros em Maceió.
Ele contou que participou de cinco seqüestros – o de Sebastião Antônio da Costa, ocorrido em maio, em Arapiraca; o de Augusto César de Lima, em junho, em Atalaia; o de Renê Adriana de Aquino Silva, em julho, em Teotônio Vilela; também foi ele quem seqüestrou Neílson Costa da Silva, o dono do supermercado Super Giro, em setembro; e o último caso foi contra José Petrúcio Cavalcante e o motorista dele, em outubro, em Atalaia.
Mano afirmou que os demais presos não tiveram participação nos crimes e contou que já cumpriu pena de 12 anos no Carandiru, por homicídio, roubos e furtos. “Desde os 12 anos estou no crime. Gosto de ser criminoso, trato isso como profissão”, afirmou.
O acusado contou ainda que é com o dinheiro que rouba que alimenta os 12 filhos e que nunca roubou uma pessoa pobre - 'só mexo com ricos, fazendeiros, donos de carros caros', afirmou. Sobre os seqüestros, ele disse que ganha, em média, R$ 10 a R$ 15 mil, em cada caso, mas acha que esse ramo não é tão lucrativo como assaltos a bancos.
“Na primeira oportunidade que tiver eu vou fugir, mas vou continuar no crime”, afirmou, completando que pretende comprar dois fuzis AK-47, armas exclusivas das Forças Armadas.
Mano e os outros foram presos a pedido dos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital. Eles devem ser transferidos para o Sistema Prisional de Maceió.
com tudonahora // elaine rodrigues e sidney tenório