A jovem Jaqueline do Nascimento, de 19 anos, denunciou junto à Delegacia Regional de Viçosa ter sido vítima de violência sexual e estar sofrendo ameaças de morte por parte de Renato Mata Bezerra, de 40 anos. Segundo a moça, o estupro teria ocorrido na última quinta-feira (23), quando ela deixava a escola.
Jaqueline contou que passava pela Rua São Francisco quando Renato, que foi vizinho de sua família durante três anos, ofereceu carona. “Assim que eu entrei no carro, ele perguntou se meu pai estava em casa, e eu disse que não, pois meu sobrinho estava passando por uma cirurgia em Maceió. Ele, então, passou por onde eu morava, e apesar de eu ter avisado que já tinha passado da minha casa, ele afirmou que eu não me preocupasse”, contou a moça. Ela disse ter ficado assustada a partir desse momento. “Senti que ele ia fazer alguma coisa.”
A vítima prosseguiu relatando que pediu para ser deixada na casa do irmão, pois tinha passado perto do local. “Foi então que ele perguntou se eu estava com medo dele, e disse que não ia fazer nada comigo. Disse apenas que ia dar um recado a uma amiga”, relatou Jaqueline. Ela disse que começou a gritar e pedir para ele parar o carro, mas recebeu negativas por parte de Renato, que travou as portas do carro. “Daí, ele entrou numa fazenda na zona rural de Viçosa, e eu pedi para ele não fazer nada. Ele começou a me violentar tanto verbal como fisicamente, e tirou minha roupa. Eu tentei de toda forma impedi-lo, pedia muito socorro a Deus, mas não adiantou. Cheguei a quebrar uma unha do pé de tanto lutar com aquele monstro”, desabafou a jovem, que ainda contou que ao parar de violentá-la, Renato riu e disse: “Era só isso que eu queria fazer com você, agora estou satisfeito. Mas não ache que foi só dessa vez, vai acontecer quantas vezes eu quiser. E não adianta contar para o seu pai, ele não vai acreditar. Você não tem como provar que eu fiz isso com você.”
Jaqueline contou que ele a levou do local e a deixou de volta em Viçosa. Ela relatou que ao deixar o veículo de Renato, gritou por socorro, mas ninguém deu atenção. “Fui à delegacia e denunciei o estupro. A polícia foi até a casa dele e o prendeu. Na delegacia, ele disse na minha cara que era mentira. Um dos presos ainda disse que se ele ficasse na cadeia, ia ser difícil sair de lá, e ele disse que não ia ficar por muito tempo. Um sobrinho dele chegou e ao saber de tudo, disse que tinha como resolver isso. Desde então, tenho recebido ameaças. Meu pai conhecia ele desde os 18 anos. nunca imaginei que ele fosse capaz disso. Ele é um bandido, um monstro. Diz que se eu não tirar a queixa, vou me arrepender.”
gazetaweb - Reportagem de ednelson feitosa, com colaboração de bruno felix