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11/07/2008 00:00:00

Polícia

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Acabou agora há pouco a entrevista coletiva concedida pelo secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, que deu detalhes da Operação Resurgere – que no latim significa renascimento – deflagrada no início da manhã de hoje pela Polícia Civil, com o apoio da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança. A entrevista foi realizada na sede da PF, em Jaraguá.

O objetivo da operação, que foi coordenada pelo delegado Rodrigo Rubiale, foi prender os deputados afastados da Assembléia Legislativa, Antonio Albuquerque, Cícero Ferro e João Beltrão, por envolvimento com o crime de pistolagem no Estado. Os parlamentares estão sendo acusados de serem os responsáveis pelo assassinato do cabo da Polícia Militar (PM), José Gonçalves da Silva Filho, o “cabo Gonçalves”, crime ocorrido em 8 de maio de 1996, no posto Veloz, no Benedito Bentes.

Ao todo foram cumpridos 10 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão. Mas até o momento apenas seis pessoas foram presas: os deputados Antonio Albuquerque e Cícero Ferro, os policiais militares Valdomiro Santos Barros, Talvanes Luiz da Silva, além dos ex-militares Eufrásio Tenório – vulgo “Cutita” – e Daniel Silva Filho.

Ainda faltam ser cumpridas quatro prisões, entre elas a do deputado João Beltrão, que está sendo considerado foragido da Justiça. Os nomes das demais pessoas a serem presas não foram divulgados para não prejudicar as ações da polícia. “Todos estão sendo presos pelo homicídio do cabo Gonçalves”, informou o superintendente-adjunto da PF, delegado José Roberto Sagrado da Hora, que também participou da coletiva.

Os militares e ex-militares foram levados para a sede da Polícia Civil, em Jacarecica, onde estão prestando depoimento e, em seguida serem encaminhados ao presídio Baldomero Cavalcanti. Já os parlamentares estão sendo mantidos na carceragem da PF, em Jaraguá.

O secretário Paulo Rubim informou que a operação visa reabrir antigos inquéritos policiais de crimes ainda não prescritos, no Estado. "Todas as pessoas que tiverem envolvimentos em homicídios, nós vamos responsabilizar", garantiu o secretário.

Ele informou que os policiais que participaram da "Operação Resurgere", não recolheu nenhum material, e que as armas que foram encontradas em poder dos policiais que faziam a segurança dos parlamentares estavam em conformidade com a lei.

João Beltrão

O secretário Paulo Rubim disse que o deputado João Beltrão ainda não foi encontrado, mas que a qualquer momento ele será preso. "Nossos policiais estão trabalhando para efetuar a prisão do deputado, e tivemos a informação de que ele pode ser preso a qualquer momento", disse ele.

Segundo o delegado Rodrigo Rubiale, que comandou a operação, foram feitas buscas nas casas de João Beltrão em Maceió e Coruripe, mas o parlamentar não foi encontrado. "Eu fui pessoalmente a casa dele em Coruripe, mas não encontramos armas nem resistência por parte de sua família", contou Rubiale.

Ainda de acordo com Rubim, os mandados de prisão solicitados aos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital, foram feitos com base nos autos dos inquéritos policiais, a partir de testemunhos dos crimes. "E se as informações levadas ao Judiciário e foram atendidas é porque a Justiça entendeu que há indícios suficientes para decretar as prisões", destacou Rubim.

Em separado

No entanto, ele explicou que existe outra investigação, em separado, que apura a morte de Jacó Cardoso Ferro. Ele era primo de Cícero Ferro, que é o principal suspeito do homicídio. Jacó foi assassinado em janeiro de 2005, uma ano após o atentado a balas sofrido por Cícero Ferro.

com alagoasagora //