O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de junho, divulgado nesta sexta-feira, 04, pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan), através da Superintendência de Produção e Gestão da Informação (Supegi), registrou uma variação de 0,95% na capital, Maceió. A alimentação, mais uma vez, puxou a alta, com um crescimento de 1,21%, e já acumula 7,89% de inflação no ano. Os quinze itens que registraram maior variação pertencem ao grupo dos alimentos.
Influenciada por essa alta nos preços dos alimentos, a cesta básica comprometeu um percentual de 48,26% do salário mínimo do maceioense, o que representa um acréscimo de 1,54% em relação ao mês anterior, quando o comprometimento foi de 46,72%. Para gastos relativos à alimentação pessoal básica, os moradores da capital alagoana deixaram R$ 200,26 nos supermercados.
De acordo com o relatório, os subgrupos verduras (3,59%), legumes (0,70%), panificados (3,44%), carnes (1,73%) e cereais (2,72%) foram os que mais influenciaram a inflação de junho. O tomate, que apresentou um aumento de 28,57% no mês de maio, voltou a crescer, registrando alta de 2,03%, e lidera os itens com maior variação anual, com 129,29%.
Segundo o técnico responsável pelo cálculo, Gilvan Sinésio, a alta no Índice era esperada e segue uma tendência nacional. “O aumento do IPC nos últimos três meses tem sido abalizado pelo grupo alimentação, com seus diversos produtos. Alguns devido à entresafra, outros em decorrência no aumento dos insumos, o que acaba sendo repassado para a inflação final do mês”, disse.
Em termos percentuais, os produtos que apresentaram maiores altas foram vísceras (12,78%), charque (11,62%), melancia (9,52%) e agrião (9,38%). Já os que registraram maiores quedas foram cebola (-11,44%), capa de filé (-11,32%), patê (-9,67%) e abóbora (-8,70%).
CESTA BÁSICA: CRESCIMENTO
Os itens da cesta básica que registraram maior variação foram o arroz, com 6,16%; pão francês, com 3,44%; tomate, com 2,03%; e carnes, com 1,73%. Em direção contrária, registraram decréscimo banana (-1,87%); manteiga (-1,69%); e açúcar (-1,46%).
“A cesta básica também segue uma tendência: Na maioria das capitais pesquisadas, houve um acréscimo. Isso se deve ao fato de que os alimentos que vêm tendo um aumento sistemático são produtos que compõem a cesta básica. Por isso que nós observamos esse crescimento”, enfatizou Sinésio.
Além da alimentação, a habitação contribuiu para o aumento do Índice no mês de junho. O item apresentou uma variação de 1,54% em relação ao mês de maio, que segundo o relatório se deve ao aluguel residencial. Artigos de vestuário, calçados e tecidos, com 1,57%, transportes (0,23%) e educação (0,38%) também influenciaram a alta.
INFLAÇÃO ACUMULADA
Com relação ao comportamento da inflação nos últimos 12 meses, os grupos vestuário e alimentação, com 12.62% e 12,49%, respectivamente, lideraram a elevação de preços. No caso da alimentação o aumento dos insumos para o feijão e arroz, por um lado e o aumento das exportações de carne bovina pelo mercado local são as causa principais deste aumento no período.
Em terceira posição está o grupo de habitação com um aumento de 9,82%. Esta elevação se deve a ampliação das linhas de financiamento pela política do governo feral que resultou em um significativo aumento da demanda e por outro lado tem-se aos aumentos dos aluguéis puxados pela elevação do
Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM).
Fonte: Assessoria com alagoasagora