Saúde

Os médicos de Alagoas realizam mais uma manifestação, a partir desta terça-feira. A categoria decidiu suspender a realização de cirurgias eletivas no Estado, apenas as de emergência são realizadas.

De acordo com o médico Wellington Galvão, presidente do Sindicato dos Médicos, a categoria alega que o valor pago pelo Sistema Único de Saúde é muito baixo - uma cirurgia de amidalite, por exemplo, custa R$ 300 se for feita em paciente com convênio, mas os médicos do SUS recebem R$ 22 pelo mesmo procedimento.

Desde maio, os médicos suspenderam o agendamento das cirurgias. A estimativa dos médicos é que cerca de duas mil pessoas sejam atingidas com a medida. Eles esperam uma negociação com a Secretaria Municipal e Estadual de Saúde, para que o Governo e o Município aumentem o valor repassado pelo SUS.

Prejuízo também para hospitais

O presidente do Sindicatos dos Hospitais de Alagoas, Humberto Gomes, afirmou que a tabela do SUS tem cerca de quatro mil procedimentos e o baixo valor pago atrapalha até mesmo os grandes hospitais.

Atualmente, Alagoas só tem um hospital público que faz cirurgias pelo SUS, que é o Hospital do Açúcar - os demais são particulares e as cirurgias são feitas por convênios. 

Humberto Gomes afirmou que o baixo valor pago pelo SUS se torna um prejuízo para os hospitais, médicos e também para a população em geral, já que todos preferem atender por convênios particulares.

O alerta do presidente do sindicato é que apenas 8,48% da população de Alagoas tem plano de saúde, o que são pouco mais de 250 mil pessoas.

com tudonahora // elaine rodrigues