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27/06/2008 00:00:00

Especiais

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A editoria deste noticioso recebeu no dia de hoje (27) do gabinete do Senador alagoano João Tenório um exemplar do livro “Subcomissão dos Biocombustíveis”, que contém um relato dos trabalhos no ano de 2007, que faz um relato das audiências realizadas e que versaram sobre os temas “Produção e exportação de álcool e biocombustiveis”, “Perspectivas de mercado e as projeções e cenários futuros para o setor de biocombustiveis”, “Propostas para estimular, aprimorar e viabilizar a implantação do programa de biodiesel na região Nordeste”, “Discutir e analisar a situação atual do setor de biocombustiveis sob a ótica social e trabalhista”, “O real impacto do etanol no meio ambiente”, “Cenário de probabilidades para atendimento das metas governamentais para o biodiesel”, “Aspectos relacionados com a velocidade do aumento de oferta e dos mercados de etanol”, “Discutir e analisar, com visão geral, a produção do biodiesel no pais” e finalmente, “Oportunidades da oferta de energia a partir da co-geração com o bagaço”.

 

O senador alagoano no prefácio do livro emite o seguinte parecer: “Fome, seca, enchentes, terremotos e furacões avassaladores. O cenário traçado para o final do século por especialistas das Nações unidas alarmou o mundo todo e desencadeou uma corrida contra o tempo para amenizar os efeitos do aquecimento global. O planeta chegou ao seu limite e conciliar crescimento econômico com equilíbrio ambiental passou a ser o maior desafio da atualidade. Por isso mesmo, o interesse cada vez maior no desenvolvimento de energias alternativas, em especial a bioenergia.

 

Capaz de produzir energia “limpa” e renovável e de reduzir de forma considerável a dependência do petróleo – cada vez mais caro – a bioenergia é chave-mestra para o desenvolvimento sustentável. E o papel do Brasil é inquestionável. Pioneiro na produção de álcool combustível, o país tem terra tecnologia e matéria-prima suficientes para liderar a questão energética no novo cenário mundial. Mais que o aumento da produção de etanol para abastecer o mercado internacional, a grande expectativa é a exportação da tecnologia brasileira na área de bioenergia. Um projeto que, além do impacto positivo sobre o meio ambiente, pode ajudar a combater a fome e a pobreza, gerando mais emprego e mais renda em regiões hoje desfavorecidas como a África.

 

Mas ainda temos um longo caminho pela frente. A começar pela padronização do biocombustivel e sua transformação em commodity energética. Ampliar a demanda mundial de bioenergia é imprescindível: hoje ela não representa mais que 4% da demanda total de combustíveis. Derrubar mitos como a ameaça a Amazônia e à segurança alimentar é outro desafio. Reforçar os investimentos em tecnologia, em infra-estrutura e logística é fundamental, assim como definir uma política clara para os biocombustiveis e garantir o zoneamento agrícola.

 

Se o etanol já é uma realidade inquestionável, ainda estamos engatinhando na área do biodiesel. Mas nem por isso podemos desprezar o peso dessa nova fonte energética na redução das emissões de C02, na geração de emprego e renda nas áreas rurais e na redução das desigualdades regionais. Padronizar o produto e investir em pesquisa devem ser prioridade de um país que se propõe como liderança mundial na área energética.

 

São essas as preocupações que nos levaram a propor, um ano atrás, a criação da Subcomissão Permanente de Biocombustiveis, no âmbito da Comissão de Agricultura do Senado Federal. Com a participação expressiva de cada um de seus 14 senadores, a subcomissão ouviu, em 2007, lideranças empresariais, representantes trabalhistas, autoridades governamentais, especialistas na área. Traçou um diagnostico completo sobre a bioenergia no Brasil, apontou problemas e soluções para o setor. É a semente de um marco regulatorio sobre os biocombustiveis e a esperança para um Brasil mais justo e sustentável.

 

                                               Senador João Tenório.

 

Nota da Editoria – Agradecemos à lembrança do ilustre Senador alagoano para este humilde veiculo de comunicação do interior das Alagoas, e como interlocutores da sociedade de uma região eminentemente canavieira que vivencia uma crise sem precedentes, conclamamos todos os segmentos da sociedade alagoana a cerrar fileiras em prol dos objetivos da Subcomissão presidida pelo Senador alagoano.