Polícia

O delegado do 10º Distrito Policial, Waldor Coibra Lou irá pedir a Justiça a prorrogação por mais trinta dias do inquérito que investiga o assassinato do estudante de geografia Johnny Wilter, 20. O jovem foi morto por um policial militar no último dia 25 de maio, no conjunto Santos Dumont, quanto passava por uma blitz.

De acordo com o delegado a prorrogração do inquérito irá acontecer devido a demora do Instituto de Criminalista em entregar o resultado dos exames cadávericos; residográficos feitos nas mãos da vítima e do colega Marcos Bransão e ainda, o de balistíca, feito na arma do capitão Eduardo Alex, responsável pelo disparo que atingiu o jovem.

“Já entrei em contato várias vezes com o Instituto de Criminalistica e a informação que eles me passam é que o laudo ainda não está pronto; acredito que além dos depoimentos, essas são as provas mais conclusórias do inquérito”, afirmou o delegado. “Sem essas provas fica dificil saber os responsaveis pelo crime, já que temos duas versões para essa morte”.

Na versão do amigo da vítima, o músico Marcos Brandão, que estava com Jonnhy no momento em que o estudante foi morto, eles tinham passado por uma blitz, mas, não viram a ordem de párar e continuaram andando. Derrepente ele ouviu o disparo e sentiu quando o amigo caiu, com medo de ser uma emboscada ele fugiu, sendo abordado mais adiante por outra guarnição da Polícia Militar. Ele nega a versão de que estavam armados e que atiraram.

Já na versão apresentada pelos policiais militares, o capitão Eduardo Alex soliciou que os jovens que estavam numa motocicleta paracem e eles não obeceram. Mais adiante eles ouviram um disparo e o comandante da guarnição efetou vários disparos, que atingiu o jovem na cabeça.

Ainda na próxima semana, o delegado deverá colher o depoimento de um amigo da vítima, identificado apenas como Denis e de um outro militar, identificado como sargento Aguiar. A data e horário do depoimento ainda não foram marcados.

A morte de Jonhy Wilker revoltou parentes e amigos do jovem que afirmaram em depoimento que ele tinha o temperamento calmo e não tinha envolvimento com drogas.

com alagoasagora // láyra santa rosa