O assassinato do tesoureiro da campanha de Fernando Collor, Paulo César Farias, e de sua namorada Suzana Marcolino, um dos casos de maior repercussão em todo o país completou nesta segunda-feira, 23, 12 anos. Apesar do tempo e das conclusões do inquérito, o caso ainda é sinônimo de polêmica.
PC Farias e Suzana foram encontrados mortos por volta das 11h na casa de praia do empresário, em Guaxuma, litoral norte de Maceió. Quando os corpos foram encontrados, PC estaria deitado de lado, sobre o braço direito. Para a polícia alagoana, depois de atirar no namorado, Suzana sentou-se na cama e deu um tiro no próprio peito, com um revólver calibre 38 comprado por ela mesma, com ajuda de prima Zélia Maciel.
Os cinco seguranças e o caseiro afirmaram não ter ouvido os disparos. Resolveram arrombar a janela, segundo eles, quando o patrão não respondeu a seus chamados.
Desde o princípio, o presidente do primeiro inquérito sobre as mortes, Cícero Torres, apostou na tese de crime passional. PC teria sido morto por Suzana porque ele teria ameaçado abandoná-la. As falhas na investigação, entretanto, aumentaram as dúvidas sobre a versão oficial. Não houve preservação do local do crime. Não foram procurados resíduos de pólvora nas mãos dos seguranças, e a família de PC queimou o colchão onde ambos morreram.
Fonte: Com Agências Nacionais