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Conhecido como um santo festeiro e patrono da família e do casamento, São João Batista, cujo dia é comemorado nesta terça-feira, 24 de junho, dedicou sua trajetória a anunciar a santidade de Jesus Cristo. Segundo o padre José Valdecy Romão, pároco da Paróquia São João Batista de Aracruz (ES), o santo foi escolhido profeta ainda antes de seu nascimento, quando foi anunciado pelo anjo Gabriel a seu pai, o sacerdote Zacarias.

“São João Batista foi concebido por Isabel, prima de Maria, e Zacarias, quando o casal já estava na velhice, algo que era improvável. Por isso, sua concepção milagrosa trouxe bênção aos pais e fez de São João Batista o padroeiro da família”, diz Romão. Ainda de acordo com a padre, João Batista morreu no ano 25 d.C., aos 30 anos.

Crescido na Galiléia, o santo viveu parte de sua vida no deserto, onde pregava a chegada do Messias que, segundo a Igreja Católica, era Jesus Cristo. Conhecido também por realizar o batismo da água, ou batismo da conversão, o profeta chegou a batizar Cristo no Rio Jordão, pouco antes de ser preso pelo rei Herodes.

“João foi preso por Herodes ao denunciar sua infidelidade. Pouco tempo depois, morreu de forma trágica, ao ter sua cabeça cortada e servida em uma bandeja a pedido de Salomé, filha do rei”, afirma Romão. E foi somente depois da morte de João Batista que Jesus Cristo passou a pregar publicamente. “São João foi o grande precursor, o anunciador, que apresentou Jesus ao mundo e depois saiu de cena”, diz.
                                                         

Junto a Santo Antônio e São Pedro, São João Batista é padroeiro de parte das comemorações juninas típicas no Brasil. Segundo Romão, a fogueira de São João se tornou tradicionalmente conhecida graças à festa de seu nascimento. “Isabel prometeu à Maria que faria uma fogueira quando João nascesse, para avisar sobre seu nascimento. Além da fogueira, uma festa feita em comemoração à chegada de João fez o santo ficar conhecido como festeiro”, afirma.

Em todo o país, em comunidades católicas que têm São João Batista como padroeiro, além de novenas e missas, são tradicionais quadrilhas e celebrações com comidas típicas das festas juninas. Ao longo dos anos, as festas de São João se tornaram populares também entre os não católicos.

com G1