Antonio Aragão
Nos últimos dias, com a chegada dos festejos de São João, ficou difícil calcular o dano causado ao meio ambiente com a retirada criminosa de lenha para fazer fogueiras da Mata dos Frios, a
Na certeza da impunidade, depredadores e inescrupulosos vêm, ao longo dos anos, dizimando a reserva ecológica que abrigava (ainda abriga com raras exceções) madeira nobre e uma fauna cuja variedade abrigava símios (hoje literalmente extintos) e que um dia já emprestaram seu topônimo a União dos Palmares quando este se chamava “Cerca Real dos Macacos”.
A extração de madeira é diária para uso da lenha em substituição ao gás liquefeito de petróleo pela população de baixa renda. Nas caladas da noite, madeireiros agem criminosamente roubando arvores para serem empregadas na fabricação de móveis, casas, e até mesmo para queimar nas padarias, visto que o local por ser de difícil acesso prejudica a fiscalização e punição dos criminosos.
Existia até bem pouco tempo uma guarnição da Policia Florestal com vinte e cinco policiais instalados na Fazenda Frios que é o local mais próximo da Serra, mas que inexplicavelmente foi retirada pelo comando da PM e não mais voltou a atuar, o que facilitou a ação dos predadores.
Ouvido sobre o assunto, o empresário Danclads de Mendonça Uchoa que possui no sopé da Serra dos Frios um hotel-fazenda com cerca de
Para se ter um dimensionamento dos danos causados a natureza, somente através de uma turnê a cavalo ou um sobrevôo de avião, onde se pode notar as enormes clareiras dentro da mata, as quais, paulatinamente vão dando lugar a plantações de capim, banana e outros produtos agrícolas, sem que o Meio Ambiente ou o IBAMA se pronuncie sobre o assunto, cujo assunto foi tema de preocupação e denuncia em dias da semana passada na Câmara Municipal de União dos Palmares.