Antonio Aragão
Fotos – Cícero Fotógrafo
Dezenas de ex-funcionários da Usina Lajinha bloquearam na manhã desta segunda feira (5) a BR-104 no quilometro 38,5 e o acesso ao parque fabril no município de União dos Palmares, em protesto contra o não pagamento por parte da empresa dos contratos rescisórios de mais de 500 operários (cortadores de cana, aplicadores de veneno, tratoristas, motoristas e demais empregados), que foi prometido para hoje pela empresa, após ser adiado por três vezes.
Neste momento, existe tensão e muita discussão entre os trabalhadores e motoristas que insistem em transitar livremente pela BR, que alegam “nada temos com isto”, “onde está o direito de ir e vir?”. São muitos quilômetros de extensão de fila de veículos procedentes de outras cidades e até de outros estados, alguns deles com hora marcada, outros com cargas perecíveis, e a confusão está instalada, pois os trabalhadores dizem que só ocorrerá a liberação da rodovia que interliga AL a PE quando receberem seus direitos trabalhistas.
Como das vezes anteriores, ninguém da empresa quis se pronunciar sobre o assunto. Enquanto isto, o município fica isolado, de uma feita que por ser inicio de semana dezenas de pessoas que transitam pela estrada (juizes, promotores, médicos que dariam plantão nos hospitais da região, enfermos com consultas marcadas, estudantes que se dirigem de outras cidades para União ou de União para Maceió, e que estão em período de provas estão impedidos de passar, a exceção de ambulâncias, assim mesmo, sendo constatado que elas carregam enfermos. Nem as viaturas das policiais civil, militar e federal podem transitar.
Um dos lideres do protesto que pediu para sua identidade ser preservada, mas que procurou a redação deste noticioso disse que “muitos pais de família estão desesperados, pois desde o inicio da safra que a Usina atrasa o pagamento, o que fez com muitos desistissem, fosse trabalhar para particulares ou mesmo se tornassem sem terra, enquanto outros necessitam viajar para os estados do Espírito Santo, São Paulo e Rio onde a safra e agora, e não podem ir sem receber o dinheiro a que tem direito como prova o presente documento”.