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O coronel da Polícia Militar, Ivon Berto, que havia sido preso no Quartel da PM após ser exonerado do cargo de chefe do Estado-Maior de Alagoas, foi solto no último sábado (9).
O recolhimento administrativo foi determinado na noite de quinta-feira (7) pelo juiz José Cavalcante Manso Neto, que alegou indisciplina militar após Berto denunciar ingerência na corporação.
De acordo com o advogado de Berto, Welton Roberto, a prisão não aconteceu de maneira condizente com a lei. “O juiz que decretou a prisão não tem competência administrativa para decretar a prisão do coronel. O desembargador Tutmés Airan concedeu o pedido de liberdade porque também considerou a prisão como uma atitude ilegal”, disse.
A reportagem do G1 conversou com o coronel enquanto ele estava preso. Na ocasião, ele afirmou ter ratificado em conversa informal todas as denúncias que havia feito sobre influência política no comando de um batalhão da PM. "Ratifiquei as denúncias e fiz duras críticas sobre o Plano Brasil Mais Seguro. Então o juiz resolveu determinar a prisão", disse.
Entenda o caso
Na entrevista à imprensa, o militar
criticou o programa Brasil Mais Seguro, processos de promoção e citou o episódio
que atribui ter resultado na substituição do comandante do 5º Batalhão da PM,
com sede no Benedito Bentes.
Segundo a denúncia, a mudança teria sido feita por influência política, a pedido do vereador Silvânio Barbosa (PSB), que se indispôs com o então comandante e teria dito, em um show no bairro, que o trocaria. O vereador, o comando da PM e a Defesa Social negaram motivação política no episódio. Mas o Conseg determinou à PM que retificasse a troca dos oficiais no 5º Batalhão.
Após a repercussão que causaram as denúncias sobre a ingerência política e o tempo de formação dos mil praças convocados pela Polícia Militar de Alagoas feitas pelo coronel Ivon Berto, no jornal Gazeta de Alagoas, o militar foi exonerado da função de chefe do Estado-Maior da PM e depois teve sua prisão decretada.