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14/04/2008 00:00:00

Politíca

Politíca

O delegado Janderlyer Gomes, responsável pelo inquérito que investiga o desvio de mais R$ 280 milhões da folha de pessoal da Assembléia Legislativa de Alagoas (ALE), afirmou que o deputado estadual Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), será indiciado na Operação Taturana.

Segundo o delegado, o indiciamento se dará com base nos esclarecimentos prestados na manhã desta segunda-feira, 14, pela ex-gerente de contas do Banco Rural – e atual secretária de Assistência Social de Maceió, Sandra Arcanjo. A ex-gerente foi ouvida pelo delegado Janderlyer Gomes na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Jaraguá, na condição de testemunha.

Janderlyer Gomes adiantou que, além de Paulão, o ex-deputado estadual Temóteo Correia também será indiciado, com base nas mesmas informações prestadas por Sandra Arcanjo, que foi gerente das contas da ALE no Banco Rural, durante o ano de 2005. Até o momento, 12 deputados estaduais já foram indiciados na operação.

Empréstimos

Entre as irregularidades constatadas durante as investigações estariam a concessão de empréstimos a deputados pagos pela Assembléia. No dia 7 deste mês, denúncias anônimas foram distribuídas na imprensa local acusando o deputado petista de ter sido um dos beneficiados com o empréstimo fraudulento.

As denúncias foram acompanhadas por cópias de nove cheques ‘caução’ do Banco Brasil (totalizando R$ 224 mil) oriundos da conta de Pessoa Jurídica da ALE, nominais ao deputado, assinados pelo então presidente e primeiro secretário da Casa, Celso Luiz e Cícero Ferro, respectivamente, e de cópias de extratos indicando dois depósitos programados na conta de Paulão, no Banco Rural, compensados nos dias 22 de julho e 22 de novembro de 2005.

O deputado Paulo Fernando dos Santos se defendeu das acusações afirmando que o empréstimo contraído por ele foi pago de forma lícita, com seus vencimentos. Paulão também acusou os ‘taturanas’ de serem os autores das denúncias contra ele, motivados pelo desespero pela perda do poder. O deputado solicitou ao Banco Rural e à Mesa Diretora da Casa a quebra do seu sigilo bancário e da movimentação financeira das verbas de gabinete, descontos salariais e salários de assessores.

com alagoas24horas.com.br // vanessa alencar e luis vilar