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O ex-prefeito de União dos Palmares, Areski de Freitas, apresentou-se, à 17ª Vara Criminal da capital, na tarde desta sexta-feira (5). Ele havia sumido, tinha prisão decretada e era procurado pela Polícia Federal como foragido da Justiça.
Quando se apresentou, Areski estava acompanhado de um advogado Foi citado pelo Juízo e, em seguida, voltou para União dos Palmares para cumprir prisão domiciliar.
As prisões decretadas pela 17ª Vara foram todas para cumprimento em domicílio. Portanto, os seis presos hoje, incluindo o ex-prefeito, depois de terem se apresentado aos magistrados e terem recebido os mandados de citação, foram obrigados a voltar para suas residências e lá permanecerem, até posterior decisão judicial.
No Facebook, prefeito diz que momento é crítico
Em seu perfil no Facebook, Areski disse, na noite de hoje, que o momento que passa é crítico e que "os fatos precisam ser apurados". Em resposta, o ex-prefeito recebeu mais de 30 mensagens de apoio.
Leia a publicação completa:
Tem pessoas que em suas vidas públicas naturalmente se encolhem em suas insignificâncias. Já na mídia eletrônica, fala e julga com a maior facilidade, esquecendo-se que é humano e se sentindo protegido pela mídia eletrônica e consequentemente pela impunidade de suas postagens.
Os fatos precisam serem [sic] apurados para que possamos dar nomes aos bois e estabelecermos a responsabilidade de cada um. Se é que todos têm.
O momento é crítico, mas não irresolúveis [sic], é preciso ter calma e fé em Deus. Não podemos nem devemos crucificar pessoas que podem estar inocentes, até que cheguemos a um veredicto final. Sei que tudo será explicado e no final a verdade prevalecerá. Obrigado as pessoas que me mandaram mensagens de força. Estou bem e tranquilo !!! Só peço que orem por nós. Abraços !!!!
Relembre a operação
Ao fim da manhã, a Polícia Federal divulgou que cinco pessoas haviam presas na operação em União dos Palmares, Zona da Mata alagoana. A operação deteve Orlando Sarmento Cardoso Filho, Nelma Lúcia Martins de Souza, Diego Guilherme Calixto, Washington Bezerra Costa e Tereza Cristina Gomes Bezerra. Todos eles foram encaminhados à 17ª Vara Criminal da capital para prestar depoimentos. Duas pessoas ainda estão foragidas: Élson Davi da Silva Cardoso e Sandra Maria Alves de Araújo.
As oito pessoas são acusados de uma série de crimes, como fraudes em licitação, peculato e formação de quadrilha. O bando é apontado como responsável pelo desvio de R$ 946.476,50.
Segundo o Gecoc, a fraude era feita através de notas de empenho e fiscais justificando pagamentos ilegais, liberados para supostos serviços para manutenção das atividades de diversas secretarias. Entre os objetos da fraude está a promoção de apresentações em festas culturais, de carnaval e no evento realizado em comemoração à Padroeira de Rocha Cavalcante no ano passado.
As investigações que levaram ao decreto de prisão do político e de mais sete nomes foram conduzidas pelo Gecoc, que pediu apoio a PF para cumprir os mandados de prisão. A operação contou com a participação de 30 policiais federais sob o comando do delegado Gustavo Gatto.
